Acho que quero Medicina, pois tive que escolher algo. Como saber se eu realmente quero ou é só o dinheiro que me chama a atenção?
Enviado por Mariana
O início de sua pergunta é relativamente esclarecedor: “pois tive que escolher algo”. Não parece que você tenha refletido sobre os vários elementos envolvidos no processo de escolha profissional.
Uma das variáveis centrais do processo é a identificação dos valores que você carrega e que deseja ver efetivados em sua profissão. Os valores variam de pessoa para pessoa; há aquelas cuja expectativa de remuneração é superior a todos os outros. Outras acentuam o envolvimento com o pensamento científico, a preservação e transmissão da cultura, a expressividade artística, o auxílio a outras pessoas, as atividades de organização e gerência, a negociação entre tempo livre e de trabalho, o ambiente em que querem trabalhar, entre outras variáveis.
Nesse sentido comece por pesquisar as descrições apresentadas na seção “Profissões e universidades” deste site. Descarte então aquelas que estão bem longe de seus interesses e avance no processo.
Reflita sobre sua história pessoal no sentido de que valores vocês traz consigo, que experiências foram positivas ou trouxeram desafios que você deseja superar, que contatos com profissões você já teve e como você os avalia.
Busque então se informar sobre a história do trabalho em nossa sociedade: as variações da economia, os projetos políticos em jogo, o desenvolvimento de novas tecnologias, as formas de vínculo trabalhista que existem. Imagine os ambientes de trabalho, as rotinas, o tipo de relações com outras pessoas que as profissões estabelecem.
Escolher uma profissão é um processo complexo. Não há uma resposta simples e direta. É você que deve construir esta resposta depois de pensar sobre as questões acima expostas e sobre outras muitas (observe outras tantas respostas nesta seção deste site).
Depois de refletir sobre você mesma, sobre a realidade do trabalho em nossa sociedade e sobre as profissões (o que exige muita pesquisa), haverá um momento em que você terá que tomar um “ato de coragem”, ou seja, que assumirá os riscos inevitáveis diante do futuro. Mas eles estarão acompanhados de um projeto de futuro, seu projeto.
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