Medicina
Conheça todas as áreas de atuação, o mercado de trabalho e as instituições de ensino que oferecem o curso de Medicina
O médico investiga a natureza e as causas das doenças humanas, procurando sua cura e prevenção. A saúde humana é o objeto de estudo do médico. Ele pesquisa, previne e trata disfunções e moléstias. Para isso, é imprescindível que ele esteja sempre bem informado e atualizado a respeito de novas drogas, técnicas e tecnologias.
Faz diagnósticos, pede exames, prescreve medicamentos e realiza cirurgias. Participa também de programas de prevenção e de planejamento da saúde coletiva. Há trabalho para o médico em hospitais, clínicas, postos de saúde e empresas. Grande parte atua em consultório próprio.
Fique de Olho
ESPECIALIZAÇÕES E SOBRECARGA DE TRABALHO
O estudo Demografia Médica no Brasil (2023), do Conselho Federal de Medicina, revelou alguns aspectos práticos da rotina profissional do médico. As seis especialidades mais escolhidas são: clínica médica, pediatria, cirurgia geral, ginecologia, anestesiologia e ortopedia. Quanto à carga de trabalho, a maioria dos médicos declarou múltiplos vínculos e locais de trabalho.
CURRÍCULO E AVALIAÇÃO NACIONAL
Desde 2014, estão em vigor as novas diretrizes curriculares nacionais dos cursos de Medicina. Entre as principais mudanças está o estágio obrigatório no Sistema Único de Saúde (SUS), na atenção básica e no serviço de urgência e emergência, com duração mínima de dois anos, com 30% da carga horária cumprida no SUS.
O que você pode fazer
Diagnosticar e tratar doenças nas seguintes especialidades:
Acupuntura: aplicação de agulhas.
Alergia e imunologia: mecanismos de defesa do organismo.
Anestesiologia: aplicação de anestésicos.
Angiologia e cirurgia vascular: artérias e veias.
Cancerologia: câncer.
Cardiologia: coração.
Cirurgia (cardiovascular, de cabeça e pescoço, geral, do aparelho digestório, pediátrica, plástica e torácica).
Clínica médica: organismo em geral.
Coloproctologia: aparelho digestivo final.
Dermatologia: pele.
Endocrinologia e metabolia: distúrbios hormonais e de metabolismo.
Gastroenterologia: sistema digestório.
Genética médica: doenças genéticas.
Geriatria e gerontologia: moléstias do envelhecimento.
Ginecologia e obstetrícia: aparelho reprodutor feminino, gravidez e parto.
Hematologia e hemoterapia: sangue, seu uso terapêutico ou de seus componentes.
Homeopatia: clínica geral que utiliza medicamentos preparados com substâncias naturais.
Infectologia: doenças infecciosas.
Mastologia: glândulas mamárias.
Medicina da dor: voltada para o tratamento da dor crônica.
Medicina esportiva: prevenir e tratar distúrbios originados de atividade esportiva. Dar orientação médica a equipes e times.
Medicina geral e comunitária: atuar na prevenção, na cura e na reabilitação de pacientes em conjunto com uma equipe multiprofissional (com enfermeiro, assistente social e psicólogo).
Medicina legal e perícia médica: realizar autópsias, exames de DNA e de corpo de delito. Dar suporte à investigação de crimes.
Medicina paliativa: oferecer cuidados para aliviar a dor e o sofrimento de pacientes terminais.
Medicina sanitária: desenvolver e aplicar programas de saúde pública.
Medicina do sono: tratar dos distúrbios relacionados ao sono.
Medicina do trabalho: prevenir e tratar doenças causadas pelo ambiente de trabalho ou por práticas profissionais.
Medicina tropical: prevenir e tratar doenças como malária, febre amarela, dengue e hanseníase.
Nefrologia: moléstia dos rins.
Neurologia e neurofisiologia: distúrbios do sistema nervoso.
Nutrologia: nutrição.
Oftalmologia: olhos.
Ortopedia e traumatologia: ossos e músculos.
Otorrinolaringologia: ouvido, nariz, boca e garganta.
Patologia e patologia clínica: exames laboratoriais.
Pediatria: crianças.
Pneumologia: pulmões.
Psiquiatria: doenças mentais.
Radiologia e diagnóstico por imagem: exames radiológicos e diagnóstico por imagens.
Radioterapia: tratamentos por radiação.
Reumatologia: cartilagens e articulações.
Terapia intensiva: tratamento intensivo de pacientes.
Urologia: vias urinárias.
Mercado de Trabalho
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a proporção ideal em um país é de um médico para cada mil habitantes. No Brasil, a relação é de 2,69 para cada mil habitantes.
No entanto, o mercado de trabalho para esse profissional está longe de se esgotar. Isso porque há forte desequilíbrio regional: enquanto a população dos grandes centros urbanos – especialmente os de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais – conta com grande quantidade de médicos, capitais no Norte e Nordeste e localidades mais distantes, do interior do país, carecem desse profissional, principalmente nos serviços públicos de saúde.
Daí a importância do programa Mais Médicos, que havia sido extinto e foi recentemente retomado, e que visa a contratar profissionais para atender em locais em que faltam atendimentos na área da saúde. No interior do país faltam especialistas em áreas como pediatria, ginecologia, obstetrícia, emergência, anestesia, neurologia e cirurgias de alta complexidade.
As chances de sucesso são maiores quando o médico se associa a um hospital ou integra o corpo clínico de um plano de saúde. Isso facilita a conquista de pacientes e livra o profissional dos altos custos de manutenção de um consultório particular. Médicos com capacitação em administração e gestão de pessoas são demandados para atuar na direção de hospitais e estabelecimentos de saúde. A procura também é boa para especialistas em medicina esportiva e genética médica, campos recentes de atuação.
Curso
O currículo é puxado, o período é integral e há seminários, pesquisas e plantões em hospitais. Nos dois primeiros anos, o aluno tem matérias básicas, como anatomia, bioquímica, fisiologia e patologia. Outras disciplinas são bases moleculares e celulares dos processos normais e alterados, fisiopatologia dos sinais e sintomas das doenças, entre outras.
Boa parte das instituições de ensino oferece disciplinas práticas já no início do curso. Mas lidar com pacientes só a partir do terceiro ano, nas disciplinas profissionalizantes e no treinamento em atendimento.
Nos últimos dois anos, os alunos passam pelo internato, considerado o estágio do curso de Medicina, com aulas práticas nas grandes áreas médicas (clínica médica e cirúrgica, pediatria, ginecologia e obstetrícia e atenção primária à saúde).
Os alunos vivenciam atendimento nas UBSs, ambulatórios, hospitais, centros cirúrgicos, prontos-socorros e UTIs. Depois de formado, os dois anos de residência médica são para quem quiser obter uma especialização.
Duração média: 6 anos.