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Atos pró-Palestina: o que está acontecendo nas universidades americanas?

Entenda a movimentação de universitários nas instituições dos Estados Unidos por causa dos conflitos em Gaza

Por Redação
8 Maio 2024, 15h00
estudante com bandeira da Palestina em acampamento na Universidade de Columbia
Estudantes da Universidade de Columbia estão acampados no campus, em protesto ao apoio americano ao Estado de Israel (Natih Aktas/Anadolu/Getty Images)
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Apesar dos 9 mil quilômetros que separam um país do outro, os conflitos em Gaza estão gerando uma grande comoção nas universidades americanas. Os campi universitários dos Estados Unidos se tornaram palco de debates acalorados e protestos, e refletem a complexidade característica dessa disputa que tem anos de história.

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Casos de instituições renomadas, como a Columbia, se destacaram pela prisão de dezenas de estudantes pró-Palestina. Os jovens têm manifestado solidariedade aos palestinos pedindo o fim da violência, organizando protestos, petições e eventos para aumentar a conscientização sobre a situação. A principal reivindicação é que o governo de Joe Biden e as próprias universidades rompam laços com Israel.

Embora com menos repercussão, há também o caso dos universitários pró-Israel, que defendem a manutenção do apoio político e financeiro dos Estados Unidos a Tel Aviv.

Quais universidades estão envolvidas?

Embora esse dado mude com constância, os protestos têm sido mais comuns em instituições com uma forte presença de estudantes ativistas. Entre as que ganharam muita atenção nos noticiários nos últimos tempos estão:

  • Universidade de Columbia
  • Universidade da Califórnia em Berkeley
  • Universidade de Yale
  • Universidade de Harvard
  • Universidade de Michigan
  • Universidade de Nova York
  • Universidade do Texas-Austin
  • Universidade da Pensilvânia, entre outras.
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Qual é a relação das universidades com o conflito Israel x Palestina?

A relação das universidades americanas com a atual guerra na Palestina é complexa e multifatorial. Em primeiro lugar, é importante destacar que esses protestos, muitas vezes, refletem uma sensibilidade política e social típica de campi universitários, onde questões de justiça social, direitos humanos e geopolítica ganham luz e são debatidas com frequência.

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Mas, para além disso, algumas instituições têm relações estreitas com Israel, seja por meio de parcerias acadêmicas, intercâmbios de estudantes e professores, ou programas de pesquisa conjunta. Essas relações podem gerar expectativas sobre o posicionamento oficial de cada uma e sobre a responsabilidade das universidades em relação aos conflitos internacionais.

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Algumas delas também recebem doações de indivíduos, empresas ou organizações que apoiam o Estado de Israel. Isso levanta suposições sobre a influência dessas doações nas políticas e posicionamentos em relação ao conflito Israel-Palestina.

Por fim, parte das doações recebidas também são investidas, pelas próprias instituições, em empresas e fundos que fazem negócios com Israel – o que, segundo os estudantes, equivale a apoiar a guerra em curso. “O que pedimos é que a universidade pare de investir fundos naqueles que lucram com o genocídio em Gaza. E não vamos sair até conseguirmos”, afirmou um estudante da Universidade da Califórnia à BBC News Mundo.

Isso já aconteceu antes nas universidades?

Ao longo da história, as universidades americanas já apoiaram diversas causas relacionadas a questões políticas. Alguns exemplos são:

  • Durante a década de 1960, muitas universidades americanas apoiaram o movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos, hospedando eventos, fornecendo apoio logístico e, em alguns casos, participando de protestos e marchas.
  • Durante a Guerra do Vietnã, as universidades desempenharam um papel central no movimento anti-guerra, organizando protestos, greves estudantis e oferecendo espaço para debates e discussões críticas sobre a política externa dos Estados Unidos.
  • Nas décadas de 1970 e 1980, muitas universidades americanas adotaram políticas para reduzir ou cortar investimentos em empresas que faziam negócios na África do Sul, como forma de pressionar o fim do apartheid.

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