por Bruno Aragaki
Especialistas em questões da Terra por excelência, os geólogos são mais uma das classes profissionais que encontraram nas profundezas das águas, literalmente, um mercado de trabalho promissor. Explica-se: a maior parte dos recursos hídricos do planeta estão, na verdade, no subsolo do planeta, o que faz da Geologia a ciência mais gabaritada para lidar com essa riqueza.
“O geólogo analisa onde e como iniciar a instalação de poços artesianos, por exemplo, levando em conta a quantidade de água disponível no local, fatores de contaminação do solo e da água no entorno”, explica José Elói Campos, professor da Universidade de Brasília (UnB).
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“O Brasil já tem muitas cidades de médio porte dependendo diretamente de água subterrânea, como é o caso de Ribeirão Preto e Araraquara”, diz Campos, que ministra aulas de Hidrogeologia – ramo que, graças ao aumento da percepção da escassez de água no planeta, tem se tornado a menina dos olhos da Geologia.
“Um recém-formado que direcione a carreira para esse ramo tem perspectivas de receber em torno de R$ 4.000 como salário”, diz Campos.
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E não é só o fator econômico que pesa a favor. “A Geologia é uma profissão de muito trabalho prático, de campo. E assim como tem muita gente que gosta disso, tem quem prefere trabalhar de maneira mais convencional, num escritório. A hidrogeologia permite isso”, diz Campos.
Como grande parte do trabalho do “hidrogeólogo” se relaciona ao planejamento e controle de qualidade, muitos desses profissionais são contratados por órgãos governamentais e agências reguladoras para desempenhar atividades de caráter político e administrativo.
“É sempre vantajoso para uma profissão poder abrigar pessoas com diferentes perfis e estilos”, diz o professor.
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