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‘5 conselhos que gostaria de ter recebido no meu 1º ano de cursinho’

Estudantes aprovados em vestibulares concorridos contam o que aprenderam depois de anos de cursinho e o que fez a diferença na aprovação

Por Juliana Morales
Atualizado em 18 mar 2022, 13h25 - Publicado em 14 mar 2022, 13h47
Cinco estudantes aprovados após anos de cursinho contam quais conselhos gostariam de ter recebido
 (Arquivo pessoal/Reprodução)
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O caminho para um sonho quase sempre é cheio de obstáculos. Passar no vestibular não seria diferente. Ao entrar em um cursinho preparatório, é preciso encontrar a melhor maneira de assimilar o conteúdo, de se organizar e de lidar com os erros, frustrações e cansaço. Se você vai começar essa trajetória neste ano, escutar o conselho de quem já passou pela experiência pode te poupar de cometer alguns erros comuns de vestibulandos de primeira viagem ou até melhor, pode abrir seus olhos para práticas interessantes de estudo.

O GUIA DO ESTUDANTE ouviu cinco estudantes que passaram em concorridas universidades após anos de cursinho. Eles contaram o que tiraram da experiência e as lições que aprenderam, muitas vezes na marra, para melhorar o desempenho e finalmente verem seus nomes na lista de aprovados.

“O cursinho é uma ferramenta”

André Welisson Marques de Araújo, de 19 anos, não alcançou a tão sonhada vaga na universidade logo no primeiro ano de cursinho. Portanto, antes de iniciar o segundo ano de preparação para o vestibular, ele parou para analisar a própria reprovação e entender quais foram os erros. “Tudo é uma questão de análise. Às vezes, o reparo nem é tão complicado, é o caso de só diminuir o tempo de aula e fazer mais exercícios ou vice e versa”, afirma André.

No caso dele, a principal falha no primeiro ano foi o direcionamento do estudo. “Estamos acostumado a estudar com o cronograma fechado, mas não podemos nos limitar”, conta. No segundo ano, então, ele passou a observar mais suas necessidades e trabalhar em cima delas. Foi assim que conseguiu o primeiro lugar em Medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Hoje, ele alerta que, assim como ele, muitos estudantes entram no cursinho achando que aquilo é uma porta direta para a aprovação. “Não é assim. O cursinho é uma ferramenta e, como toda boa ferramenta, você precisa se esforçar para entender qual é a melhor forma de usá-la. Não adianta seguir exatamente tudo que é passado ou não seguir nada”, aconselha.

E para quem não passou de primeira no vestibular, André lembra: “A aprovação é uma construção. Então, por mais que você não tenha passado no primeiro ano, o que você aprendeu é carregado para a próxima tentativa”.

Foto do estudante André de camiseta cinza e usando óculos
(Arquivo pessoal/Reprodução)
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“Não se compare com os seus colegas de sala”

Letícia Toffoli, de 21 anos, conta que gostaria de ter escutado no seu primeiro ano de cursinho que cada um tem a sua forma e o seu tempo de compreender a matéria. “Não faz a menor diferença fulano da sua sala estar estudando a aula vinte e você ainda estar na dez. O importante, na verdade, é a compreensão do conteúdo e não a velocidade com a qual você faz isso”, afirma a estudante.

Outro erro muito comum de vestibulandos de primeira viagem, apontado por Letícia, é acreditar que é possível fazer absolutamente todas as listas de tarefas de todas as matérias até o dia da prova. “É preciso escutar os professores quando eles dizem que vestibular é também estratégia. É saber focar naquilo que tem mais incidência na prova que vai prestar e também nas suas maiores dificuldades mesmo que isso signifique que você vai ter que deixar algumas coisas para trás”, alerta.

Letícia fez quatro anos de cursinho para poder prestar medicina. Recentemente, foi aprovada em Informática da Saúde da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e decidiu fazer uma outra graduação e continuar persistindo na medicina depois. “Não é o fim do mundo você não ter passado na faculdade direto da escola. Você mal fez dezessete ou dezoito anos e tem o resto da sua vida pra correr atrás de todos os seus sonhos, porque eles não têm prazo de validade”, diz Letícia.

Foto da Letícia comemorando o segundo lugar na Unifesp
(Arquivo pessoal/Reprodução)

“Não negligencie o simulado”

Esse é o conselho de Frank Kazuo Araujo Yokoyama, 27 anos, aprovado em Medicina na Faculdade Santa Marcelina, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e UNIFESP. Com a experiência de cinco anos de cursinho, o jovem reforça a importância de fazer simulados como uma maneira de entender se você consegue executar na prática tudo aquilo que supõe saber na teoria.

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“Quando eu comecei a fazer simulado de uma maneira mais séria, corrigir as questões depois, avaliando alternativa por alternativa, vi um grande avanço”, conta. Ele aconselha que os estudantes encarem o simulado de uma maneira tão séria quanto o dia que irão fazer a prova para valer.

Além de entender as fraquezas e pontos fortes em relação aos conteúdos estudados, Frank diz que o simulado foi uma ferramenta importante para desenvolver estratégias de prova. “Treinar vai te ajudar a saber por onde começar e terminar a prova, e também como reagir caso a matéria que você domina não esteja fácil como você esperava”, afirma.

“Você não precisa ficar 100% do seu dia estudando”

Ana Luiza Ferreira de Souza, de 20 anos, fez um ano de cursinho e conseguiu passar em Engenharia dos Materiais na Universidade de São Paulo (USP) e em Engenharia Mecânica na Unicamp. Para ela, em termos de conteúdo, foi essencial fazer pelo menos 20 exercícios diários e provas anteriores do vestibular desejado. Além disso, também treinava redação para entender onde estava errando. “Muitas vezes, eu reescrevia as redações corrigidas para melhorar aqueles erros e fixar o que deveria ter sido feito antes”, conta.

Mas, para Ana Luiza, um dos maiores ensinamentos nesse período de cursinho foi em relação ao bem estar. A jovem diz que o equilíbrio entre estudo, lazer e descanso fez muita diferença. Entender isso fez com que ela aproveitasse, de fato, cada um desses momentos, sem culpa e com mais produtividade.

“Você não precisa estar 100% do seu dia estudando. Mas quando for o momento para isso, dedique 100% da sua atenção para aulas ou exercícios”, aconselha a estudante. “Muitas vezes, uma parcela do nosso tempo não vamos estar motivados, mas é ai que a disciplina entra. Eu recebia muitos convites para me distrair e sair, mas eu sabia que aquele era o meu momento de estudar”, completa.

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Ana Luiza comemorando a sua aprovação na POLI- USP
(Arquivo pessoal/Reprodução)

“Aproveite ao máximo o conhecimento dos professores”

O calouro de Medicina da Unicamp Lucas Catarino Garcia, de 23 anos, dedicou-se durante 6 anos no cursinho para ver seu nome na lista de aprovados. Ao longo dessa trajetória, ele foi entendendo o que funcionava ou não nos seus estudos. No primeiro ano, por exemplo, conta que focava muito em fazer exercícios e não estudava quase nada de teoria.

Outro ponto que Lucas destaca como importante nesse percurso foi o contato constante com os professores. “Nas aulas, eu ficava muito atento aos aspectos que eles chamavam a atenção. Depois, conversava individualmente para tirar dúvidas e pedir mais conselhos das matérias que estava com dificuldades”, conta Lucas.

Lucas comemora sua aprovação vestindo uma camiseta do Poliedro
(Arquivo pessoal/Reprodução)

Unânime: “cuide do seu psicológico”

Os cinco estudantes que conversaram com o GUIA DO ESTUDANTE destacaram a importância de cuidar do psicológico nesse período que é cheio de pressão e que mistura um turbilhão de emoções. Separamos conteúdos que vão te auxiliar a pensar na sua saúde mental e lidar com ela da melhor forma.

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– 5 podcasts para ajudar a sua saúde mental;

– Por que é possível – e necessário – relaxar em ano de vestibular;

– 7 técnicas de respiração para controlar a ansiedade;

– Como proteger a saúde mental das armadilhas das redes sociais?;

– Como desenvolver confiança para o vestibular?

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‘5 conselhos que gostaria de ter recebido no meu 1º ano de cursinho’
Estudo
‘5 conselhos que gostaria de ter recebido no meu 1º ano de cursinho’
Estudantes aprovados em vestibulares concorridos contam o que aprenderam depois de anos de cursinho e o que fez a diferença na aprovação

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