A escritora sul-coreana, Han Kang, foi contemplada com o Prêmio Nobel de Literatura 2024 nesta quinta-feira (10). Ela é a primeira autora do país a alcançar o feito. Sua literatura perpassa a condição humana pelo luto, resiliência, violência e expectativas dos outros sobre a existência – tudo isso lançando mão de uma escrita crua e objetiva.
O livro mais famoso da escritora aqui no Brasil é “A Vegetariana”, de 2007, mas ela possui uma extensa obra ainda não traduzida para o português. A carreira de Kang teve início em 1993, na poesia, estreando na prosa dois anos depois com um livro de contos. Natural de Gwangju, cidade da península sul-coreana, nasceu em 1970 filha do romancista Han Seung-won.
Abaixo, confira 3 livros para conhecer a obra da autora!
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1. A Vegetariana
A Vegetariana
“A Vegetariana” é uma metáfora para deixar de ser aquilo que os outros esperam que você seja. Uma mulher comum para de comer carne e, a partir desta decisão, deixa de ser aquilo que o marido e a família a pressionaram para que fosse a vida inteira.
Enquanto a personagem se descobre pela primeira vez por ela mesma, o mundo também muda ao seu redor, como se estive contagiado pela sua ação de existir apenas por si.
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2. O livro branco
O livro branco
“O livro branco” é uma história sobre o luto e a resiliência dos seres humanos. Considerada uma das obras mais pessoais da autora, a narradora é repentinamente tomada pela lembrança de sua irmã, que morreu recém-nascida nos braços da mãe. O título vem da cor que ela vê nestas memórias: o branco.
Cada capítulo é nomeado por algo branco, cor que para algumas culturas simboliza o luto. É preciso certa sensibilidade para adentrar as páginas desta obra que não busca entregar respostas, apenas ser um processo de passagem de uma emoção à outra. O propósito central da autora, de acordo com sinopse, era processar o luto, e apenas isso.
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Atos humanos
Atos humanos
“Atos Humanos” é um livro inspirado em acontecimentos reais que ocorreram na Coreia do Sul. Em maio de 1980, na cidade sul-coreana Gwangju, local de nascimento da autora, o exército reprimiu um levante estudantil, causando milhares de mortes.
O evento, de trágicas consequências, foi transformado nesta ficção que é poética, violenta e repleta de humanidade, na qual Han Kang constrói um mosaico de vozes e pontos de vista daqueles que foram afetados. O título dá o teor central da obra: até as atrocidades são atos humanos.
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