Livro gratuito explica o que é o trabalho escravo contemporâneo
A obra pode ser uma ferramenta de estudo para vestibulandos, já que o tema tem chances de aparecer nas provas
De janeiro a março de 2023, 918 vítimas de trabalho escravo foram resgatadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O número registrado é recorde para um 1º trimestre em 15 anos. Dados do mesmo órgão apontam que, entre 1995 e 2021, mais de 57 mil pessoas foram encontradas em situação de trabalho análogo à escravidão em todos os estados brasileiros e em atividades econômicas diversas – agrícolas e não agrícolas, na cidade e no campo. A prática fere os direitos humanos e é crime, que pode gerar multa e prisão.
Nesse contexto, a Repórter Brasil, organização não governamental especializada em projetos sociais, lançou o livro Escravo, nem pensar! – Educação para a prevenção ao trabalho escravo. A obra é gratuita e explica o que é o trabalho escravo contemporâneo, além de mostrar como ele se perpetua no Brasil. O objetivo da publicação é conscientizar a sociedade sobre o tema e divulgar informações fundamentais para combater a prática no país.
Outros temas abordados pelo livro são:
- migração;
- tráfico de pessoas;
- conflitos fundiários;
- trabalho infantil;
- mulheres escravizadas e a invisibilidade do trabalho feminino;
- como quebrar o ciclo do trabalho escravo;
- preconceito, estereótipo e xenofobia;
- efeitos da pandemia no aumento de casos de trabalho escravo;
- responsabilização de empresas envolvidas nesse tipo de crime.
Esta é a terceira edição do material e contou com o apoio do Ministério Público do Trabalho, da Organização Internacional do Trabalho e da Laudes Foundation e a parceria da Comissão Pastoral da Terra e da Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho.
O livro também pode ser uma ferramenta de estudo, pois, considerando a relevância da discussão para a sociedade e o número recorde de pessoas resgatadas no começo deste ano, o assunto tem potencial para aparecer nos vestibulares deste ano.
Na proposta de redação do Enem 2010, por exemplo, o tema foi “O trabalho na construção da dignidade humana” e um dos textos da coletânea abordava justamente o trabalho escravo e como situações degradantes persistiram para muitos trabalhadores mesmo após a assinatura da Lei Áurea (1888).
Já em 2015, o tema de redação da Unesp foi “O legado da escravidão e o preconceito contra negros no Brasil”. A banca apresentou textos de apoio que abordavam o racismo e as consequências da escravidão no mercado de trabalho do país e para a sociedade como um todo.
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