4 tipos de vacinas e o uso delas contra a covid-19
Entenda as diferenças entre as vacinas já aprovadas pela Anvisa até o momento
Na luta contra o coronavírus, laboratórios, institutos e universidades em todo o mundo trabalham fortemente na produção de vacinas. O objetivo da produção de todo imunizante é o mesmo: proteger o maior número de pessoas e, finalmente, conter a pandemia. A tecnologia para conseguir a imunização é que pode variar.
No Brasil, cinco vacinas têm o uso aprovado. Em caráter emergencial, são permitidas a Coronavac (parceria entre a empresa chinesa Sinovac e o Instituto Butantan), e o imunizante da farmacêutica Janssen, do grupo Johnson & Johnson, aprovado nesta quarta-feira (31), além da Covishield, da AstraZeneca produzida pelo instituto indiano Serum.
A vacina Comirnaty da Pfizer e Covishield – Astrazeneca em parceria com a Oxford, produzida no Brasil pela Fiocruz – obtiveram registro definitivo.
São tipos diferentes de vacina, como você confere abaixo, mas que cumprem, com a devida segurança às populações, o papel de minimizar as infecções e a gravidade dos casos provocados pelo Sars-Cov-2.
Vacinas de vírus inativado
As vacinas com vírus inativados são as mais antigas, desenvolvidas já há cerca de 70 anos. Nesse caso, multiplica-se o próprio vírus, depois mata o vírus com calor ou alguma substância química. Depois de inativado, ele é injetado no paciente, criando um reposta do sistema de defesa da pessoa, que estará preparado para enfrentar uma infecção real, se ficar doente. As vacinas da gripe e da poliomielite são exemplos desse tipo de imunizante.
A tão falada Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan e a empresa chinesa Sinovac, também utiliza dessa tecnologia de inativação. Como sabemos, essa vacina tem uma eficácia geral de 50,34% e de 78% para casos que precisam de algum atendimento médico.
Vacinas de RNA mensageiro
Já as vacinas de RNA são uma tecnologia mais moderna, que ganhou visibilidade na pandemia. Pequenos fragmentos do código genético são injetados nas células, que produzem proteínas virais. Isso engana o sistema de defesa, como se fosse uma ameaça, gerando uma resposta imune. As vacinas da Moderna e da Pfizer/BioNTech conta a covid-19 utilizam desse método.
Vacinas de vetor vital
As vacinas de vetor viral não-replicante funcionam da seguinte forma: a proteína de um vírus é inserida em outro, que sofre modificações em laboratório, para não se multiplicar quando entrar no organismo do paciente. E o sistema imunológico produz uma resposta para impedir uma ameaça futura do vírus. A vacina da Universidade de Oxford e da AstraZeneca, produzida no Brasil pela Fiocruz, por exemplo, usa um adenovírus de chimpanzé como vetor viral, ou seja, o adenovírus é modificado para receber as proteínas do coronavírus na superfície.
O imunizante da Jassen, recém-aprovado no Brasil para uso emergencial, também usa a tecnologia baseada em vetores de adenovírus. Outro exemplo de vacina de “vetor viral” é a Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Pesquisa da Rússia, sem aprovação da Anvisa até o momento.
Vacinas proteicas sub-unitárias
No caso das vacinas de subunidade proteica, não há intermédio de vetores virais, as proteínas, pequenos pedacinhos dos vírus, são injetadas diretamente no organismo do paciente. O exemplo é a vacina da farmacêutica americana Novavax.
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