Professores de Educação Física reclamam de lei
Lei Pelé cria cargo de ?monitor esportivo?, para atletas com três anos de experiência, mesmo sem diploma universitário
Professores de Educação Física do estado do Rio de Janeiro protestam nesta quinta-feira (6) contra a criação do cargo de “monitor de esporte”. A função está prevista em artigo da Lei Pelé que deve ir à votação do Senado em breve.
A lei flexibiliza a exigência de diploma superior em Educação Física, prevista em lei desde 1998. Qualquer atleta que comprove três anos de experiência numa modalidade poderá dar, legalmente, cursos e treinamentos.
“É como se minha mãe, que teve 10 filhos, pudesse virar obstetra. Afinal, ela entende de parto, não entende?”, ironizou Antônio Eduardo Branco, do Conselho Regional de Educação Física do Paraná, também contrário à medida.
O coordenador do Movimento pela Valorização do Profissional de Educação Física, Sergio Tavares, disse que o objetivo é da manifestação no Rio é suprimir o artigo, aprovado pela Câmara dos Deputados “por pressão da bancada do futebol”.
Para os professores, a criação do monitor de esporte trará o desemprego de milhares de profissionais em todo o país. Somente no estado do Rio, cerca de 30 mil professores de educação física estão credenciados no Conselho Regional de Educação Física e há mais de 40 faculdades de educação física. No Brasil, os cursos chegam a 300.
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