MEC vai reduzir nomes de cursos universitários
Proposta quer criar lista para padronizar as carreiras de graduação no país; hoje, há mais de 5 mil cursos
da redação
Qual a diferença entre Engenharia da Computação, Engenharia de Softwares e Software e Tecnologia? Em muitos casos, só o nome, já que muitas universidades adotam nomenclaturas distintas para as mesmas graduações. Para acabar com essa confusão, o Ministério da Educação (MEC) acerta os detalhes finais de portaria que pretende padronizar os nomes dos cursos.
A pasta estima que existam, atualmente, mais de 5 mil nomes diferentes de cursos em todo o Brasil. A proposta é reduzir para 97 nomes – mas o número final ainda pode variar até a finalização da portaria.
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Os primeiros cursos a mudarem serão os das engenharias, que hoje são oferecidos com 258 nomenclaturas diferentes. O ministério trabalha com a possibilidade de reduzir esse número para 28.
Os nomes vêm sendo definidos desde junho de 2009, em um processo que envolveu consultas públicas. A Secretaria de Ensino Superior (Sesu) pretende, também, definir currículos comuns para esses cursos.
“O objetivo é organizar as nomenclaturas, e não pôr camisa de força nos cursos. As instituições podem criar cursos, desde que contenham diferenças substanciais em relação a algum já existente”, explica Paulo Wollinger, da Sesu.
Para a pasta, a padronização facilitaria intercâmbios de alunos entre as faculdades e facilitaria a vida dos formados. Ainda não está claro se as universidades serão obrigadas a seguir as nomenclaturas, ou se elas serão apenas ‘sugestões’.
Na Universidade de Brasília (UnB), por exemplo, o curso de Engenharia de Energia deveria passar a se chamar Engenharia de minas. A decana de graduação, Márcia Abrahão, rejeita a idéia. “Não tem nada a ver”, disse.
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