Governo quer aumentar número de médicos formados no Brasil
Também faz parte das metas melhorar a distribuição regional dos profissionais
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, declarou no programa Bom dia, Ministro que a meta do governo é aumentar em 4 mil vagas a capacidade do sistema de ensino superior de Medicina. Essa decisão faz parte de um estudo que visa aumentar a quantidade de médicos disponíveis para a população com o incremento do número de profissionais formados nas universidades brasileiras. O objetivo é que essa meta seja alcançada até 2020.
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No Brasil há 1,95 médico por mil habitantes, de acordo com o estudo "Demografia Médica no Brasil", do Conselho Federal de Medicina, publicado em dezembro de 2011. Comparada com outras médias, ela fica bem abaixo da proporção que existe em países com economias menores que a brasileira. Cuba tem 6,39 médicos por habitante e Grécia, 6,04. “Por sermos a sexta economia do mundo, pelo nosso PIB [Produto Interno Bruto] per capita há um déficit de médicos”, admitiu Mercadante.
Para alcançar o aumento nas vagas, segundo Mercandante, está prevista a expansão em 12% do número de vagas nas faculdades de medicina das universidades federais, a criação de mais faculdades da rede pública estadual e da rede privada (com boa avaliação do MEC). Também a abertura de faculdades de hospitais de excelência, como o Sírio Libanês e o Albert Einstein, ambos em São Paulo. A proposta já estaria em andamento, segundo o ministro. "Estamos dialongando", antecipa.
Mercadante destacou que “cada aluno de medicina tem que ter cinco leitos do SUS [Sistema Único de Saúde] para a sua formação, tem que ter hospital [para residência médica], tem que ter laboratório, tem que ter uma equipe médica docente, tem que ter estrutura".
Obstáculos
O Conselho Federal de Medicina questiona a necessidade de novas faculdades de Medicina. De acordo com artido do site do órgão, escrito pelo cirurgião oncológico Alfredo Garischi, "O Brasil só perde para a Índia no número de faculdades de Medicina" e vence até o EUA. Para o especialista, o correto deveria seria a melhor destribuição na oferta de serviços: "O nosso maior problema está na desigualdade de oferta de serviços, entras regiões do país, em um mesmo estado, entre suas cidades ou mesmo em sua capital", explica.
Segundo Mercadante, uma política que permita uma melhor distribuição e o interesse para que profissionais vá para regiões mais carentes já está sendo discutida pelo Ministério da Saúde. "Há um problema de fixação e um problema de oferta, esse segundo é problema do MEC", disse o ministro.
*Com informações da Agência Brasil
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