USP e PUC-Rio são as melhores em Engenharia e Produção
Prêmio Melhores Universidades 2016: veja as instituições que possuem os melhores cursos na área
Melhor universidade pública: USP
Internacionalização é uma das marcas da Escola Politécnica da USP, responsável pelos cursos da área de Engenharia e Produção
Fundada em 1893, a Escola Politécnica (Poli) foi uma das primeiras unidades da Universidade de São Paulo a apostar na internacionalização. Seu programa de mobilidade estudantil é um dos mais atuantes na USP, tanto que, em 2016, foi comemorado o milésimo aluno com duplo diploma de graduação. Ano após ano, a Poli também bate o recorde de alunos enviados ao exterior. Foram 1.830 estudantes intercambistas em 2016, mais do que o dobro do número registrado em 2015. Outra particularidade da Poli é que, além dos intercâmbios com universidades estrangeiras, o aluno do curso de Engenharia Civil também pode obter dupla formação na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (com mais dois anos de graduação), formando-se engenheiro e arquiteto.
A qualidade do corpo docente da Poli também justifica a sua liderança na área. A maior parte dos professores é formada por doutores com regime de dedicação integral. Para o diretor José Roberto Piqueira, a infraestrutura é outro fator que contribui para o resultado. “Nossos laboratórios de inovação e industrialização estão no mesmo nível das principais escolas de engenharia europeias e norte-americanas”, afirma.
Reforma curricular
Recém-criados, esses laboratórios foram o impulso que a Poli precisava para que as grades curriculares dos cursos fossem reformuladas. “Foi graças a essa implantação que criamos novas disciplinas da graduação voltadas à engenharia de produto e ao empreendedorismo”, conta Piqueira. A reforma curricular também aumentou o número de créditos em disciplinas optativas, o que possibilita ao aluno cursar, no último ano, um módulo acadêmico de outra Engenharia. Caso queira, ele também pode cursar disciplinas dos programas de pós-graduação da Escola.
Na área de pesquisa, a Poli oferece mais de 100 laboratórios (logística, ferrovias, materiais de construção e alimentos são alguns deles) e conta com 50 grupos em atividade em diversos segmentos, como ergonomia, gerência de tecnologia da informação e engenharia de custos, todos líderes no país em suas respectivas áreas de atuação. Na extensão, são nove projetos em andamento, com destaque para o “Poli Cidadã”, que estimula alunos e professores a visitarem comunidades e a tentarem resolver problemas locais em Engenharia.
Nova aposta
Para o futuro, além de investir cada vez mais na mobilidade estudantil, a Poli pretende abrir um curso inovador, a Engenharia da Complexidade. “O engenheiro de complexidades é um engenheiro de sistemas. Atua em grandes obras, empreendimentos e principalmente nesse processamento massivo de dados em cidades inteligentes e em prevenção de desastres”, explica Piqueira. O curso é uma parceria com escolas francesas e o aluno, obrigatoriamente, terá aulas durante um período na França.
Melhor universidade privada: PUC-Rio
Continua após a publicidadeCalcados no empreendedorismo, os cursos de Engenharia da PUC-Rio oferecem forte formação interdisciplinar
São muitas as oportunidades de formação complementar para os alunos de Engenharia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Para intercâmbios internacionais e dupla diplomação (por meio do qual o estudante cursa parte da graduação na PUC e parte em instituição estrangeira e recebe dois diplomas), a universidade possui acordo exclusivo para Engenharia com 16 parceiras, além das outras mais de 500 universidades de convênio geral.
A grade curricular dos graduandos é bastante flexível. Após a conclusão do ciclo básico de disciplinas, eles têm livre escolha de aulas a seguir, inclusive algumas da pós-graduação. Dessa maneira, podem fazer a graduação de acordo com seus objetivos profissionais e pessoais e seu próprio ritmo. Além da integração entre as engenharias, a universidade permite que diferentes cursos atuem juntos. “No caso de Engenharia da Computação, os estudantes desenvolvem projetos junto aos alunos de Ciências da Computação e Sistemas da Informação, cada um aplicando suas especificidades, o que é enriquecedor para todos”, diz a professora Noemi de La Rocque Rodriguez, coordenadora do curso de Engenharia da Computação.
Além disso, a PUC-Rio possui um programa chamado domínio adicional que, embora seja oferecido a todas as graduações, tem muita adesão dos futuros engenheiros. Os domínios adicionais são oriundos dos chamados minors, das universidades norte-americanas, cursos sequenciais complementares de 20 a 30 créditos em torno de um tema comum, como análise de riscos, comércio e negócios internacionais, entre outros, totalizando 24 opções. Embora haja um domínio adicional específico da Engenharia – Materiais para Engenharia – o tema que mais encanta os alunos é outro. “Entre nossos estudantes, empreendedorismo faz bastante sucesso”, conta o professor Guilherme Penello Temporão, coordenador do curso de Engenharia Elétrica. Completando os créditos, o aluno ganha um título adicional em seu diploma, como se fosse uma especialização.
Docentes pesquisadores
Todos os professores com dedicação exclusiva das Engenharias, cerca de dois terços do total, têm doutorado, ministram aulas na graduação e na pós-graduação e desenvolvem pesquisas.
Nos primeiros dois anos, o chamado ciclo básico, os alunos têm disciplinas em comum, não importando o tipo de Engenharia escolhida durante o processo seletivo. No entanto, eles já têm algumas aulas específicas com o intuito de conhecerem melhor a área. Após o ciclo básico, os estudantes podem optar por mudança de área dentro da Engenharia, já com uma noção mais realista das diferenças entre as carreiras.
Não importa em que fase do curso estejam, os graduandos podem desenvolver pesquisa por meio da iniciação científica, fazer monitoria em diversas disciplinas e ainda atuar como consultor na Empresa Junior da PUC-Rio para realizar projetos que tenham a ver com sua área de estudos.
Em relação à infraestrutura, as Engenharias estão concentradas no Centro Técnico Científico (CTC), que conta com mais de 50 laboratórios onde os alunos têm aulas teóricas e práticas.