Para prevenir as “colas eletrônicas”, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) adotou um sistema, para o vestibular 2018, que detecta qualquer sinal de celular (WiFi ou bluetooth) e radiofrequência.
Os sinais são captados por uma rede de sensores, instaladas nas salas e nos banheiros do local do exame, e que fica conectada a um software em nuvem. O software transfere as informações, em tempo real, para uma central de controle.
“Na tela do computador aparecem a frequência do sinal, local, hora e até a operadora – se for o caso de celular”, conta Eduardo Neger, diretor de Engenharia da Neger Telecom, empresa que desenvolveu a tecnologia em parceria com pesquisadores do Laboratório de Inteligência Espectral da Unicamp. “O sistema é tão sofisticado que conseguimos detectar até sinais de radiofrequência de aparelhos clandestinos não homologados pela Anatel”, acrescenta.
Segundo ele, com base nessas informações, os fiscais do concurso conseguem identificar o fraudador mais facilmente, pois o sistema dá com precisão o local de onde está sendo emitido o sinal. Atualmente, alguns organizadores de concursos têm adotado sistemas com essa mesma finalidade, porém, como limitações tecnológicas. O rastreamento do sinal é feito individualmente, candidato por candidato, como se fosse um detector de metal. Ou seja, o fraudador pode ligar o celular depois de terminada a fiscalização e fazer a cola eletrônica sem ser flagrado.
Provas
A primeira fase do vestibular 2018 da Unicamp acontece neste domingo (19), a partir das 13h. Os portões serão abertos às 12h.
A segunda fase acontecerá nos dias 14, 15 e 16 de janeiro de 2018. Para cursos que exigem provas específicas (Arquitetura e Urbanismo, Artes Cênicas, Artes Visuais e Dança), os exames ocorrerão no período de 22 a 25 de janeiro de 2018.
A edição 2018 teve recorde de inscritos: 83.779, 10 mil a mais do que o registrado no ano passado, um aumento de 14%. Antes, o maior número de inscritos havia sido registrado no vestibular 2016, que teve 77 mil inscritos.