A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) deve expandir as medidas de contenção de gastos a partir do dia 15 deste mês, remanejando turmas do período noturno para economizar energia elétrica e até restringindo funcionamento de serviços como ar condicionado nas salas de aula e diminuindo a oferta do restaurante universitário. A estimativa é que até 11 mil estudantes fiquem sem as refeições dos “bandejões”.
Os cortes de serviços foram anunciados na última sexta-feira (30) e devem entrar em vigor daqui há duas semanas caso os 30% da verba discricionária da universidade não forem descontingenciados pelo Ministério da Educação (MEC). Assim como outras grandes universidades brasileiras, entre elas a UFRJ, a UFU e a UFMG, a federal de Santa Catarina já vem tomando algumas medidas para lidar com os cortes no orçamento.
Os serviços de vigilância da universidade foram reduzidos, assim como os de limpeza. Cursos de capacitação de professores também foram congelados e o número de editais para bolsas de pesquisa e extensão sofreu redução. Essas medidas, associadas a que serão implementadas esse mês, serão suficientes para manter o funcionamento da UFSC somente até meados de outubro deste ano. A partir daí, a universidade precisará pensar novas medidas.
Conheça alguns dos cortes previstos para a partir do próximo dia 15:
- Redução dos contratos de terceirizados da UFSC;
- Concentração das aulas do noturno em apenas três campi, para economia de energia elétrica;
- Uso de videoconferência em bancas com membros externos e em reuniões administrativas com integrantes dos campi da UFSC fora da capital;
- Suspensão de novas bolsas e de renovação em estágios, monitoria, pesquisa e extensão;
- Redução dos serviços do Restaurante Universitário — será oferecido apenas para os alunos que hoje têm isenção da taxa de R$ 1,5, restringindo o uso de cerca de 11 mil alunos;
- Suspensão da Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex) em todos os campi da UFSC.
Em assembleia realizada nesta terça (3), professores, técnicos e alunos da UFSC votaram contra a adesão ao Future-se. O indicativo será encaminhado ao Conselho da universidade, que é quem decide formalmente sobre a adesão ou não.