Ao lançar, na tarde de ontem (28), o projeto de lei que cria o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), a presidente Dilma Roussef e o ministro da Educação Fernando Haddad pretendem beneficiar cerca de 8 milhões de pessoas, em um prazo de quatro anos. O projeto ainda precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional, mas já prevê um gasto, ainda neste ano, de cerca R$ 1 bilhão para concessão de bolsas e para o financiamento de cursos de educação profissional.
– Confira as ações do Pronatec
Durante a cerimonia de lançamento, a presidente explicou que o Pronatec é muito importante, pois o país tem pela frente a perspectiva de um rigoroso processo de desenvolvimento econômico e para este crescimento só poderá ocorrer de forma sustentável com a qualificação de mão de obra.
Para garantir a qualificação da mão de obra, o programa traz novo fôlego à expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, com a entrega de 81 novas escolas ainda este ano, com previsão de funcionamento já no primeiro semestre de 2012. Outras 120 novas escolas técnicas federais serão entregues nos próximos quatro anos.
Garantia de mercado de trabalho
Proporcionar uma formação profissionalizante, além de ajudar no desenvolvimento do país, pode também ser uma garantia de um futuro profissional para milhões de jovens brasileiros.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2008 demonstram que apenas 25,5% da população de jovens de 18 a 24 anos chegam ao ensino superior. Desta forma, segundo o governo, os cursos técnicos despontariam como alternativa de qualificação e inserção no mercado de trabalho para mais 74% desse contingente.
E, segundo dados de uma pesquisa recente realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o ensino profissionalizante parece de fato garantir a inserção no mercado de trabalho. O estudo A educação profissional e você no mercado de trabalho constatou que a formação profissional aumenta em 48% as chances de um indivíduo em idade ativa ingressar no mercado de trabalho.
Além disso, ainda segundo a pesquisa, os salários daqueles que têm um curso profissionalizante são até 12,94% mais altos e é de 38% a probabilidade de se conseguir um trabalho com carteira assinada, em confronto com candidatos com escolaridade inferior.
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