Lucas Felipe Leal Andrade, de 17 anos, foi do terceirão direto para a faculdade cursar Engenharia da Computação – e o melhor, pôde escolher entre cinco universidades públicas! O jovem, que cursou o Ensino Médio em escola pública, passou os dois últimos anos do colégio preparando-se para Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), com uma rotina de estudos sucinta, mas regrada.
Ao todo, ele foi aprovado em Engenharia Aeronáutica na USP (Universidade de São Paulo); Engenharia da Computação na UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e na UFABC (Universidade Federal do ABC), Engenharia Civil na UPE (Universidade de Pernambuco) e Matemática no Impa Tech, centro de pesquisa responsável pela Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). No final, optou pela UFPE por ser mais perto de casa.
Em conversa com o GUIA DO ESTUDANTE, Lucas compartilhou sua rotina de estudos e contou como fez para melhorar seu desempenho em Linguagens e Humanas, áreas que não tinha grande domínio.
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Da escola pública direto para a universidade
Lucas é de Pernambuco e cursou todo seu Ensino Médio na Escola de Referencia em Ensino Médio Josias Inojosa de Oliveira. Ainda no Ensino Médio, participou da OBMEP, a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, sendo premiado com medalhas por dois anos seguidos. Além disso, também foi premiado no 18º Programa de Iniciação Científica em Matemática. Ele conta que escolheu cursar Engenharia da Computação porque a área reúne duas coisas que adora: exatas e tecnologia.
O estudante usou o pouco tempo que tinha além das aulas para focar no Enem com ajuda do cronograma de um cursinho preparatório que fazia em paralelo. “Eu acordava sete horas e ia para escola, chegava em casa às cinco da tarde. Daí eu já começava a estudar e terminava por volta das nove e meia. Era difícil, mas, aos poucos fui me acostumando”, conta o jovem.
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O método de estudos
Exatas nunca foi um desafio para Lucas – as medalhas em Olimpíadas mostram bem. Mas o estudante sabia que para ser aprovado no vestibular, precisaria também melhorar seu desempenho em Linguagens e Humanas. Por isso, se dividiu entre praticar gramática e ler bastante.
“Fazia de quinze a vinte questões e, sempre que podia, assistia uma videoaula”, conta o estudante. Durante as quatro horas que tinha disponível, ele via até três aulas de duas matérias por dia, tentando equilibrar teoria e prática.
Aos finais de semana, usava o sábado para fazer redações e o domingo para simulados. Lucas conta que fazia uma ficha de exercícios para testar sua evolução – se conseguisse uma boa pontuação, seguia para a próxima disciplina. “Eu sempre anotava o que tinha que aprender melhor e focava naquilo para relembrar também”, conclui.
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