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Nota mínima exigida para vagas da USP no Sisu deve cair, diz pró-reitor de Graduação

Seleção por meio da Fuvest também vai continuar e prova deve dar mais enfoque para questões de matemática e português

Por Ana Prado
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h29 - Publicado em 25 Maio 2016, 17h44

Em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (25), o Pró-reitor de Graduação da Universidade de São Paulo (USP), Antonio Carlos Hernandes, comentou os resultados obtidos com o oferecimento de vagas por meio do Sisu e afirmou que a nota mínima exigida para concorrer a elas deve cair.

Nota mínima exigida para vagas da USP no Sisu deve cair, diz pró-reitor de Graduação

Das 1.489 vagas oferecidas por meio do Sisu para 2016 (ou 13,46% do total de 11.057 vagas), apenas 814 (ou 55%) foram de fato preenchidas pelo Sistema de Seleção Unificada – as demais foram encaminhadas à Fuvest. Com isso, a porcentagem de alunos vindos de escolas públicas caiu em relação a 2015: passou de 35,1% (3.847) para 34,6% (3.767). O mesmo aconteceu com a percentagem de alunos que se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas (PPI): de 32% (1.232) para 29% (1.089).

>> USP tem 11 cursos sem nenhum aprovado pelo Sisu

Mudanças no oferecimento de vagas da USP pelo Sisu

Para o professor Hernandes, isso se deve a dois problemas: o número limitado de chamadas das quais a USP participou no Sisu (agora, em vez de apenas quatro, haverá um número ilimitado de chamadas até que as vagas sejam todas preenchidas) e a elevada nota mínima exigida para que os estudantes pudessem concorrer às vagas. A nota mínima exigida para as vagas da universidade era, em média, de 700 pontos em cada uma das áreas do Enem, algo muito raro no exame.

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“Alguns cursos tinham notas muito altas, mas vimos que, na prática, isso só serve para afastar o aluno”, explicou. “Quando a carreira é muito concorrida, mesmo que a nota mínima exigida seja baixa, sua nota de corte acaba sendo mais alta”. Cada unidade da USP define a nota mínima para seus cursos, mas Hernandes garantiu que elas serão mais baixas este ano.

O número de vagas a serem oferecidas pelo Sisu ainda não foi definido, mas será igual ou maior que as 1.489 disponibilizadas na seleção passada. O objetivo é conseguir que pelo menos 40% dos estudantes aprovados em 2017 seja de escolas públicas, porcentagem que deverá subir para 50% até 2018.

O Pró-Reitor afirmou que, por enquanto, a USP não pretende trabalhar com cotas nem com reserva de vagas a partir de critérios de renda. Mas isso pode ser revisto a partir de 2017, caso a meta para o ano não seja atingida. "Mas eu acredito que o Sisu seja o caminho", afirma Hernandes. "O Sisu tem a grande vantagem de transformar a USP em uma universidade do Brasil, não restrita ao estado de São Paulo e região, e essa é a nossa expectativa”, afirmou. Entre 2000 e 2016, a porcentagem de estudantes aprovados na Fuvest que vieram de outros estados foi de 11%. Com o Sisu, foi para 15%.

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Das 1.489 vagas oferecidas por meio do Sisu para 2016, 1.038 eram destinadas a alunos de escolas públicas, 328 para a ampla concorrência e 123 para aqueles que se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas (PPI).

Mais ênfase a Língua Portuguesa e Matemática na Fuvest

Apesar de disponibilizar vagas pelo Sisu, a USP continuará com seu vestibular próprio, a Fuvest. E o Pró-reitor afirmou que é provável que o exame passe a dar mais ênfase aos conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática, embora ainda não tenha sido definido como isso será feito.

“Comparando o desempenho dos aprovados por meio do Enem e da Fuvest, percebemos que há uma dificuldade geral dos estudantes nessas duas áreas”, conta. O enfoque maior seria uma forma de sinalizar às escolas que elas precisam dar mais atenção a essas duas matérias.

 

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Seleção por meio da Fuvest também vai continuar e prova deve dar mais enfoque para questões de matemática e português

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