O Ministério Público Federal (MPF) no Ceará protocolou ação civil pública na Justiça para anular o resultado do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2012 de meio de ano, cuja lista de aprovados foi divulgada hoje (25).
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A ação foi feita pelo procurador da República Oscar Costa Filho, que alega que as vagas oferecidas para o segundo semestre deveriam ser distribuídas aos alunos que se inscreveram no Sisu do início do ano e não foram selecionados na ocasião. “Dessa vez, quem criou todo o problema foi o MEC. O Sisu que foi feito em fevereiro deve ser o mesmo para a classificação do segundo semestre. O mesmo Enem foi usado (o 2011). Não pode ter a mesma nota como se fossem processos diferentes”, diz o procurador.
O procurador argumenta ainda que a possibilidade de alunos já aprovados no Sisu do primeiro semestre concorrerem novamente “pode estar favorecendo um esquema de comercialização de vagas em universidades”.
De acordo com a nota divulgada pelo MPF, eles estão investigando alunos que estariam abandonando os cursos para deixar vagas ociosas que beneficiariam estudantes que não fizeram o Enem ou ficaram mal classificados no Sisu. O órgão está sendo apurada a ocupação de 17 vagas no curso de Medicina da Universidade Federal no Ceará (UFC) por estudantes transferidos de outras instituições ou beneficiados por decisões judiciais.
Em nota, o Ministério da Educação (MEC), diz que “está absolutamente seguro do processo transparente e republicano do Sisu” e disse ter confiança na Justiça para assegurar “o acesso democrático à universidade pública”. O ministério disse que, desde que o Enem foi reformulado, o MPF no Ceará já fez cerca de dez ações tentando anular a prova e os seus resultados.
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