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MEC lança o plano de financiamento para universidades federais

O projeto, chamado Future-se, prevê a maior participação do setor privado na educação. A cobrança de mensalidades não está prevista

Por Taís Ilhéu
Atualizado em 17 jul 2019, 11h37 - Publicado em 17 jul 2019, 11h34
 (Gabriel Jabur/MEC/Reprodução)
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O Ministério da Educação (MEC) lançou nesta quarta (17) o programa que já vinha anunciando desde a semana passada, para rever o financiamento das universidades federais. Intitulado “Future-se”, o plano prevê a facilitação da entrada do setor privado nessas universidades, mas o ministro Weintraub enfatizou mais uma vez que não haverá cobrança de mensalidade para alunos da graduação de nenhuma faixa de renda. 

Dentre algumas propostas do Future-se para viabilizar o investimento privado estão:

  • A possibilidade de compartilhar a gestão dos espaços físicos da universidade como prédios, laboratórios e auditórios com empresas, por meio de PPPs (Parcerias Público Privadas), cessão dos espaços e outros;
  • Criar fundos patrimoniais com a doação de ex-alunos ou empresas para financiar pesquisa;
  • Permitir que prédios ou campi sejam nomeados em “homenagem” a doadores;
  • Permitir que as ações culturais possam se inscrever na Lei Rouanet e outras formas de fomento.

Nos próximos 30 dias, o Future-se estará aberto para consulta pública na internet e a população poderá opinar antes de as universidades aderirem ao plano. 

Corte nas universidades

De acordo com o portal G1, durante a apresentação do programa o presidente da União Nacional Estudantil (UNE), Iago Montalvão, questionou o secretário de Educação Superior do MEC, Arnaldo Barbosa de Lima Júnior, sobre o contingenciamento que barrou 30% das verbas discricionárias das universidades federais. 

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“É importante que tenha parcerias, mas é importante sobretudo que tenha política pública para a universidade. Nós precisamos salvar a universidade”, declarou. Em resposta, Lima Júnior disse que a consulta pública seria justamente para ouvir pessoas que, como o estudante, “carecem de muita informação”. 

Em reportagem publicada essa semana, o jornal O Estado de S. Paulo apontou os efeitos do contingenciamento em diversas universidades. A Universidade Federal do Paraná, por exemplo, suspendeu as atividades do Restaurante Universitário esse mês e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) suspendeu os programas de intercâmbio esse semestre e no próximo. 

Em São Paulo, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Universidade Federal do ABC Paulista (UFABC) estão sem transporte para os alunos se locomoverem em horários e regiões com alto risco de assalto. No norte, a Federal do Acre (Ufac) já cortou 75 bolsas de iniciação científica e a federal do Amazonas (Ufam) prevê o pagamento para terceirizados e fornecedores só até esse mês. 

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