Até o fim do ano, o Ministério da Educação (MEC) irá cortar 50 mil vagas de cursos nas áreas de saúde, administração e ciências contábeis, que tiveram resultados insatisfatórios em suas avaliações. O anúncio foi feito hoje (17) pelo secretário de Regulação e Supervisão do Ensino Superior, Luis Fernando Massonetto.
Em 2010, dos 4.143 mil cursos avaliados pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), 594 não atingiram resultado satisfatório ao tirar nota 1 ou 2 no Índice Geral de Cursos (IGC), do Conceito Preliminar de Curso (CPC), indicador que varia em uma escala de 1 a 5.
Na avaliação, a nota 3 é considerada satisfatória e as notas 4 ou 5 são consideradas boas. Entre os cursos avaliados, 1.115 ficaram sem conceito porque não tinham um número mínimo de estudantes concluindo o curso.
Os cortes serão feitos em cursos que tiveram notas baixas no CPC em pelo menos uma das avaliações feitas entre 2008 e 2010. O corte de vagas se dará entre 20% e 65% da oferta de cada curso, dependendo do resultado das avaliações.
O secretário também informou que, pelo menos, oito centros universitários que tiveram IGC 1 ou 2, perderão a autonomia para abrir cursos ou ampliar o número de vagas.
Apenas 8% das instituições de ensino superior avaliadas pelo Enade em 2010 podem ser consideradas de boa qualidade. São 158 estabelecimentos de ensino que obtiveram conceito 4 ou 5 no ICG. 77 são privados e 81 públicos. Das 27 instituições com IGC 5, 25 estão no Sudeste e duas no Nordeste. As outras regiões não têm nenhuma escola com conceito máximo.
– Quase 20% dos convocados para o Enade faltaram à prova de 2011
* com informações da Agência Brasil
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