De acordo com dados do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), até as 11h30 desta terça-feira (31), 48 de 57 instituições de ensino superior haviam votado pela continuidade a paralisação. O número representa mais de 80% das universidades em greve. A maioria das assembleias de docentes das universidades, institutos e centros tecnológicos federais rejeitou a segunda proposta de reajuste e reestruturação de carreiras, apresentada pelo governo na última terça-feira (24).
– Professores de universidades em greve rejeitam proposta do governo por unanimidade
– Devido à greve nas universidades federais, aprovados na UFC fazem matrícula pela internet
– UFRGS adia matrícula de alunos devido à greve nas universidades federais
Professores em greve fazem manifestação em frente ao Palácio do Buriti em Brasília (Elza fiúza/ABr)
Está prevista para esta quarta-feira (1°), um encontro às 21h entre os professores e o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, a fim de dar uma resposta oficial à proposta da União. O governo federal ofereceu reajuste de 25% a 40% a ser aplicado em três anos ao salário dos docentes, em lugar dos aumentos a partir de 12% inicialmente sugeridos. O sindicato, no entanto, reivindica propostas acerca de progressão de carreira, gratificações e avaliação de desempenho não foram contempladas.
Segundo a presidente do Andes, Marinalva Oliveira, o Ministério do Planejamento aguarda avaliação oficial da proposta do governo. "Até o momento, a maioria das instituições está rejeitando a proposta. Vamos sistematizar esses resultados e redigir uma posição oficial até o fim do dia de hoje”, explicou.
Além dos professores, outrs 28 setores do funcionalismo público estão paralisados. Na manhã desta terça-feira, a Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef) e outras entidades representativas participaram de um protesto na Esplanada dos Ministérios. De acordo com Sérgio Ronaldo da Silva, diretor do Condsef, protestos semelhantes ocorrem em outras unidades da Federação.
Na última segunda-feira (30), os trabalhadores anunciaram a intenção de endurecer a greve, pelo fato de o governo federal ter suspendido as negociações, que serão retomadas somente a partir do dia 13 de agosto. O dia 31 de julho havia sido fixado como prazo final para o Ministério do Planejamento apresentar uma proposta às categorias paralisadas.
*Com informações da Agência Brasil
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