Segundo o Ministério da Educação (MEC), a greve dos professores chegou ao fim em 39 de 57 universidades federais. Das 59 instituições federais de educação superior, duas não aderiram às paralisações – as federais do Rio Grande do Norte (UFRN) e de Itajubá (Unifei).
Quanto aos institutos federais de educação, ciência e tecnologia, 37 decidiram encerrar o movimento por completo. Entre eles, o do Rio Grande do Norte, o único em que houve greve geral. Apenas quatro mantêm paralisação parcial.
Na quarta-feira (12), as universidades federais do Amazonas (UFAM), Maranhão (UFMA), Uberlândia (UFU), Vale do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Ouro Preto (UFOP) e Paraíba (UFPB) decidiram pela volta.
Em São Paulo, as aulas no campus de Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) voltaram nesta segunda-feira (10) e devem voltar no dia 17 na Universidade Federal do ABC (UFABC).
Veja como está a situação nas universidades federais, segundo o MEC
Não fizeram greve | Encerraram a greve | Retornaram às aulas |
UFRN | UFCSPA | UFRB (13/9) |
Unifei | UFRGS | UFBA (13/9) |
UFSC | Unifap (17/9) | |
UFSCar | UFMA (17/9) | |
UnB | UFGD (17/9) | |
UFRJ | UFTM (17/9) | |
UFMG | UFSJ (17/9) | |
UFC | UFSM (17/9) | |
Unilab | UFS (17/9) | |
UFFS | UFCG (17/9) | |
UFABC | Unirio (17/9) | |
UFPB | UFPE (17/9) | |
Unipampa, campus Alegrete | UFRA (17/9) | |
UFG | UFT, campus Tocantinópolis, Miracema, Arraias, Gurupi, Porto Nacional (17/9) |
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UTFPR | UFAM (17/9) | |
Unifesp, campus Guarulhos | Ufop (17/9) | |
UFJF | Ufersa (24/9) | |
Unifal | ||
UFLA | ||
Unila | ||
UFU | ||
UFVJM | ||
2 | 22 | 17 |
O Ministério da Educação tem acompanhado a volta das atividades acadêmicas ao receber e analisar o planejamento das instituições para a reposição dos dias parados. De acordo com o secretário de educação superior do MEC, Amaro Lins, instituições que oficialmente ainda não definiram, em assembleia, o fim da greve já estão retomando as aulas, segundo as próprias reitorias. “Independentemente de uma decisão formal dos sindicatos, temos percebido que a greve está em processo de encerramento e há ampla retomada das atividades em diversos cursos”, afirmou.
O governo federal encerrou as negociações com os sindicatos dos docentes e com todas as outras categorias, pois a Lei Orçamentária Anual (LOA) foi encaminhada ao Congresso Nacional em 31 de agosto. Após o envio, o Congresso Nacional rejeita a inclusão de novos valores para questões salariais.
A proposta do governo
O governo ofereceu aos professores aumentos que variam entre 25% e 40% sobre os salários de março, já reajustados, a serem pagos em 2013, 2014 e 2015, na proporção de 50%, 30% e 20%. O reajuste, a partir de março de 2013, será de no mínimo 13%. Isso representa impacto de R$ 4,2 bilhões no orçamento federal.
O maior aumento no salário (40%) destina-se ao professor titular com dedicação exclusiva, o que eleva o atual vencimento de R$ 12,22 mil para R$ 17,05 mil. Um professor com doutorado, recém-ingressado na carreira, passa a receber salário de R$ 8,4 mil durante o estágio probatório. Concluído esse período, de três anos, chegará a R$ 10 mil.