Fuvest: qual a melhor forma de aproveitar as cinco horas de prova?
Saber administrar o tempo de prova é fundamental para ter um bom desempenho. Confira algumas estratégias
Na primeira fase da Fuvest, os candidatos terão cinco horas para responder a 90 questões de múltipla escolha. Além de estar preparado em relação aos conteúdos cobrados, saber administrar o tempo de prova é fundamental para ter um bom desempenho.
Alfredo Terra Neto, professor de História e orientador educacional da Oficina do Estudante, afirma que o mais importante para aprender a administrar o tempo é treinar, por meio de simulados e provas anteriores da Fuvest. “Cada aluno deve fazer da forma que achar mais conveniente, levando-se em conta os treinos de provas anteriores e simulados. O que foi treinado e deu o melhor resultado é o que deve ser colocado em prática”.
Mas, se você praticou e, mesmo assim, ainda não está certo sobre o que fazer exatamente, separamos boas estratégias sugeridas por especialistas. Avalie qual faz mais sentido para você. Afinal, não existe certo ou errado, mas, sim, o que funciona para cada estudante.
Vale lembrar que tempo médio ideal para resolver cada questão é três minutos – isso ajuda a guiar melhor e manter um equilíbrio. “Lembrando que é um tempo médio: há matérias com questões de tempo de execução mais curtos e outras, maior. É necessário manter um equilíbrio”, pondera Edmilson Motta, coordenador geral do Grupo Etapa.
Estratégias para aproveitar o tempo de prova
1 – Começar com questões mais fáceis
Iniciar o vestibular resolvendo questões mais fáceis, independentemente das disciplinas, é uma tática usada por alguns estudantes. Porém, Edmilson alerta – principalmente, aqueles estudantes que não têm tanta experiência com a prova – sobre o perigo de ficar procurando muito as questões mais fáceis para resolver antes e acabar perdendo tempo nessa distinção. Agora, se o aluno consegue identificar, rapidamente, as questões que são mais fáceis, pode funcionar, sim.
2 – Começar pela matéria que tem mais facilidade
Em vez de pensar no nível de dificuldade das questões em geral, Edmilson diz que é uma boa maneira é dividir o tempo por matéria, começando pela que tem mais facilidade: “assim, o aluno consegue dar um ritmo bom e dar uma adiantada, ganhando confiança”.
3 – Ou começar pela matéria que tem mais dificuldade
A opção contrária, iniciar enfrentando as questões da matéria que acha mais difícil, também é um caminho possível. “Nesse caso, o estudante já se livra do maior medo e também pode limitar melhor o tempo que vai investir nessa prova, de acordo com seus pontos fracos e mais fortes”, afirma o coordenador do Etapa.
4 – Alternar entre disciplinas fáceis e difíceis
Alfredo, da Oficina do Estudante, recomenda que os alunos alternem entre disciplinas fáceis e difíceis, sempre começando pela mais fácil e imediatamente seguindo para a mais difícil. “Ao começar pela mais fácil o aluno deve ir ganhando confiança, ao mesmo tempo que o seu cérebro vai ‘acordando’. Assim que cérebro estiver bem acordado e ainda descansado, ele já parte para a disciplina mais difícil. Depois é só continuar seguindo de forma alternada até finalizar a prova”, explica o professor.
Os erros mais comuns que fazem perder tempo
Além de encontrar a sua estratégia, fuja de erros comuns que descontrolam o seu tempo, prejudicando seu desempenho. Para Alfredo, nesse sentido, o maior deslize é tomar uma questão como desafio. “É importante lembrar que todas as questões têm o mesmo valor, então é preciso priorizar as fáceis e médias primeiro, até finalizar a prova”. No Enem, isso é diferente.
Edimilson também recomenda que o estudante tome cuidado para não investir tempo demais em uma questão só. A orientação é que, quando uma questão comprometer mais de cinco minutos, é melhor deixar para o final. “Infelizmente, durante a prova, o estudante não vai ter o relógio ali disponível, mas em geral as salas têm algum controle de tempo e fazendo os simulados ao longo do ano, acaba internalizando esse tempo”.
Pare um pouco
Muitas vezes, com medo de perder minutos preciosos de prova, o aluno acredita que parar para respirar, ir ao banheiro ou comer alguma coisa irá prejudicar sua organização, mas não é bem assim. Claro que é impossível fazer uma pausa longa e descansar, mas paradas pontuais (mesmo que breves) são necessárias para a manutenção de energia até o fim da prova. Fazer uma pausa após 2 ou 2,5 horas de prova para ir ao banheiro e comer uma barra de cereal ou fruta, por exemplo, é uma boa maneira de fazer isso.
“Quando mantemos a concentração elevada por muito tempo, entra em ação um neurotransmissor chamado adenosina, que tende a baixar a nossa capacidade de concentração e foco. É preciso portanto, retardar este processo, já que impedi-lo é praticamente impossível numa situação de prova”, explica Alfredo.
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