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Ensino médio poderá ter currículo mais flexível

Novas diretrizes curriculares foram aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação e esperam homologação do ministro da Educação

Por da redação
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h38 - Publicado em 5 Maio 2011, 12h30

O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou na última quarta-feira (04) as novas diretrizes curriculares para o ensino médio. O relatório prevê maior flexibilização do currículo e abre a oportunidade de ampliação da carga horária do ensino médio para além dos atuais três anos. O texto ainda precisa de homologação do ministro Fernando Haddad.

– Estudantes poderão passar mais tempo na escola

De acordo com as novas diretrizes, que não eram revistas desde 1998, as escolas poderão organizar o ensino em torno de quatro grandes áreas: trabalho, tecnologia, ciência e cultura. A partir delas, a instituição organizará o seu currículo dando maior ênfase em algumas disciplinas. Por exemplo, um colégio que fica em uma região mais industrial poderá se voltar mais para o ensino de tecnologia e trabalho, dando mais destaque para as matérias de física e química.

Apesar de poder focar mais em uma área, as escolas não poderão deixar de ensinar as disciplinas clássicas, como português, matemática, ciências, história e geografia. A diferença agora é que as instituições terão autonomia para organizar a carga horária de cada matéria.

O relatório também abre espaço para que as escolas tenham a liberdade de ampliar a duração do ensino médio. A carga horária mínima exigida de 2, 4 mil horas para os três anos desta etapa do ensino será mantida, mas poderá ser estendida caso a escola queria oferecer atividades além das consideradas obrigatórias.

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Segundo o texto aprovado pelo CNE, a ampliação da carga horária tem peso especial no caso do ensino médio noturno que, em geral, tem menos tempo de aula do que o ensino matutino. O relatório indica uma opção de aumentar em 20% a carga horária na modalidade ensino a distância. Também sugere que, se necessário, o ano letivo seja estendido para além dos atuais três anos.

De acordo com o relator do parecer, José Fernandes de Lima, essas propostas visam definir uma identidade para o ensino médio, etapa que, por ser a última da educação básica, tem que preparar o estudante para a vida.

*Com informações da Agência Brasil

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