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Em 2019, Unicamp tem maior taxa de alunos negros aprovados de sua história

Pela primeira vez, a universidade adotou novas formas de ingresso e cotas étnico-raciais

Por Taís Ilhéu
Atualizado em 24 abr 2019, 14h25 - Publicado em 24 abr 2019, 14h12
Estudantes negros na universidade
 (Getty Images / Lucas Silva / Guia Do Estudante/Reprodução)
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Ao que parece, as novas formas de ingresso da Unicamp (como o vestibular indígena e o Enem) e a implementação de cotas étnico-raciais conseguiram de fato tornar a universidade mais diversa. A Comvest divulgou ontem dados que demonstram uma mudança no perfil dos ingressantes em 2019: o número de alunos que se autodeclararam negros ou pardos saltou de 23,9%, do ano anterior, para 35,1%.

Em 2017, o Conselho Universitário da Unicamp havia estabelecido a meta de 25% de estudantes pretos e pardos em cada curso da graduação. Com a guinada da última edição, apenas os cursos de Música, Dança e Estudos Literários ainda não atingiram essa taxa. Em 33 dos 69 cursos, ao menos 50% dos ingressantes foram também de escolas públicas. O índice geral, no entanto, mostrou uma pequena queda em relação ao ano passado, de 49,2% para 47,9%.

Enem-Unicamp e Vestibular Indígena

As duas novas formas de ingresso implementadas no ano passado, quando comparadas com o tradicional vestibular da Unicamp, se mostraram muito mais efetivas em promover essa inclusão. Enquanto no vestibular tradicional a taxa de ingressantes pretos e pardos representou 26,1% das vagas, na modalidade Enem essa porcentagem foi de 49,3%. Dos aprovados no vestibular comum, 40% eram de escolas públicas, e no Enem-Unicamp representaram 78,9%.

Já a população indígena teve uma taxa de ingresso histórica: 64 foram aprovados por meio do Vestibular Indígena. Além desses, um outro estudante foi aprovado na modalidade Enem-Unicamp, e outros seis ingressaram por meio do vestibular comum.

Mais mulheres

Embora o aumento não tenha sido tão expressivo, a taxa de aprovadas mulheres também aumentou do ano passado para cá: foi de 40,1% para 41,9%. A taxa de 2018 foi tida como a mais baixa da história da universidade. Até esse ano, o número de mulheres ingressantes na Unicamp esteve em queda ou estagnação desde 2012.

No site da Comvest é possível acessar socioeconômico dos matriculados desde 1987.

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