As faculdades de Medicina, Direito e a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo rejeitaram o projeto de cotas proposto pelo governo estadual, o Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Público Paulista (Pimesp). As unidades são a favor da adoção de uma política de cotas, mas não como o Pimesp projeta. A proposta deverá ser reformulada antes de ser aprovada.
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O Pimesp foi lançado em dezembro e participaram de sua formação os três reitores das universidades estaduais de São Paulo: USP, Unicamp e Unesp, a pedido do governador Geraldo Alckmin. A ideia propõe que, em três anos, 50% das matrículas em cada curso sejam realizadas por alunos de escola pública, com um percentual reservado para negros, pardos e indígenas. A proposta seguiu para debate nas instituições, antes de passar pelos Conselhos Universitários, responsáveis por aprovar ou não o programa.
As unidades mais tradicionais da USP, Medicina, Direito e Engenharia, estão entre os cursos que menos recebem estudantes de escola pública na universidade. O porta-voz do Pimesp, Carlos Vogt, admite que o programa precisa passar por mais discussões antes de ser adotado. A meta do governo era colocá-lo em vigor no próximo vestibular.
Polêmica com o "college"
As unidades em questão discutem o fato de que o Pimesp propõe a criação de um "college", um curso semipresencial de dois anos que seria feito por parte dos cotistas. A Faculdade de Direito pede mais estudos sobre a necessidade desse curso preparatório para entrar na USP. Já a Faculdade de Medicina, por exemplo, propõe que a USP crie um programa de avaliação continuada avaliar os alunos ainda nas escolas.
*Com informações do jornal O Estado de S. Paulo
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