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De quantas maneiras dá para entrar na universidade?

Elencamos as principais formas de ingresso

Por Guilherme Eler e Simone Toledo
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h35 - Publicado em 25 nov 2016, 15h37

Além da diversidade de carreiras e instituições, os processos de seleção para a vida acadêmica também podem variar bastante. Há universidades que adotam o Enem apenas como uma das etapas de avaliação, outras que promovem processos de avaliação seriada e até mesmo as que consideram o histórico escolar do ensino médio. Você conhece todos os caminhos possíveis para a universidade? Veja as principais formas de ingresso adotadas por instituições de todo o país.

Enem
Por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a nota do Enem é adotada como fase única de seleção por 131 universidades federais e estaduais. Além disso, quase 70% do total de instituições do Brasil* consideram, de alguma maneira, o desempenho no Exame. A nota pode ser utilizada de algumas formas:

– Primeira fase
O desempenho obtido no Enem pode representar uma primeira etapa de classificação. Essa modalidade é comumente adotada para os cursos na área de artes, como Arquitetura, Artes Visuais e Música, onde há aplicação de testes específicos. Tais provas costumam cobrar conceitos que avaliam o domínio e percepção técnica que os estudantes já possuem da área de estudo escolhida, credenciando os considerados aptos a continuar na disputa pela vaga. Dentre as que contam com testes de habilidades específicas estão a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Universidade Federal da Bahia (UFBA).

– Parte da nota
Para o cálculo do desempenho final, a nota da prova de conhecimentos gerais da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e das Faculdades de Tecnologia (Fatecs) pode ser incrementada pela obtida no Enem, caso esta seja superior. Tal opção deve ser indicada no ato da inscrição para o vestibular. No caso do processo seletivo da e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o Enem entra na diretamente na fórmula que calcula o resultado final do candidato.

– Vestibulares via Enem
Os vestibulares que consideram apenas a nota do Enem são bastante comuns em instituições particulares, como a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os editais desses processos seletivos, abertos ao longo do ano, não estão vinculados ao Sisu. O desempenho em edições anteriores do Exame também pode ser aproveitado, servindo, eventualmente, também para o preenchimento de vagas remanescentes. Para essa opção, costuma-se exigir uma nota mínima, geral ou em cada área de conhecimento.

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Vestibulares convencionais

Há instituições, como a Universidade Estadual do Ceará (Uece), que permanecem mantendo seus próprios vestibulares, além de também ofertar vagas pelo Sisu. No entanto, das 2.056 instituições presentes no país*,1.993 têm vestibular próprio, e em 622 delas esse processo seletivo é a única forma de ingresso. Das públicas, boa parte delas são universidades estaduais:

Instituições estaduais que não utilizam o Enem

Faculdade de Medicina de Marília (Famema)
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp)
Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs)
Universidade Estadual de Goiás (UEG)
Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
Universidade Estadual de Roraima (UERR)
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal)
Universidade Regional do Cariri (URCA)
Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)

– Avaliação seriada ou continuada
É uma forma alternativa de ingresso adotada por 15 universidades do país*. Os estudantes realizam três provas, uma em cada ano do ensino médio. O conteúdo exigido corresponde ao ano em que o aluno está matriculado, sendo cobrado em exames objetivos, dissertativos, com ou sem prova de redação. Os nomes dos processos seletivos variam conforme a instituição:

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Instituições que contam com avaliação seriada

PAES – Programa de Avaliação Seriada para Acesso ao Ensino Superior (Unimontes)
PAS – Programa de Avaliação Seriada (UnB)
Processo de Avaliação Seriada (UFLA, UEM)
PAVE – Programa de Avaliação da Vida Escolar (UFPEL)
PISM – Programa de Ingresso Seletivo Misto (UFJF)
Prise – Programa de Ingresso Seriado (UFPA**)
PSC – Processo Seletivo Contínuo (UFAM)
PSS – Processo Seletivo Seriado (UFSM, UEPG, UFRR)
SAS – Sistema de Avaliação Seriado – (UEG)
SASI – Processo Seletivo de Avaliação Seriada (UFVJM)
SIS – Sistema de Ingresso Seriado (UEA)
SSA – Sistema Seriado de Avaliação (UPE)

**O Prise, mantido pela UFPA, só contou com a 3ª Etapa este ano e deixará de existir a partir de 2017

– Provas agendadas
Utilizados sobretudo nas universidades particulares, as provas agendadas permitem que o aluno realize o processo seletivo na data que lhe for mais adequada. Em instituições como a Universidade Metodista, destaque na área de comunicação e informação, pode-se ainda optar por fazer uma prova online.

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– Análise do histórico escolar
O desempenho que os candidatos apresentaram durante o Ensino Médio é considerado na avaliação de 103 instituições*. Dentre estas, está a Universidade do Vale do Itajaí (Univali), que figura entre as melhores universidades particulares do país. Na modalidade “Processo Seletivo Especial”, o ingresso acontece sem a realização de vestibular, apenas por meio da análise do histórico escolar e currículo profissional.

– Entrevista
Apenas 7 instituições* adotam essa modalidade de seleção. Um exemplo é a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), primeira no ranking de universidades privadas. Para o ingresso no curso de Teologia, o desempenho no vestibular e a redação de um memorial aliam-se à realização de entrevista presencial.

Bolsas de estudo
O Programa Universidade para todos (Prouni) é a mais popular delas. Criado em 2005, é fruto da parceria do governo federal com instituições particulares de ensino, e permite que os estudantes tenham acesso gratuito a educação de nível superior. Há também bolsas particulares, em parcerias com grupos educacionais ou com as próprias instituições. A seleção normalmente se dá por critérios socioeconômicos ou por mérito, como no caso do Vestibular Top 50 da Universidade Anhembi Morumbi, em que os 50 primeiros colocados são contemplados com bolsa integral.

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Financiamento
Quem opta pelas instituições particulares de ensino pode contar com subsídios para conseguir bancar seus estudos. O Programa de Financiamento Estudantil (Fies), do governo federal, permite que o estudante faça o curso de sua preferência com um abatimento nas mensalidades de até 100%. O valor restante é restituído ao fim do curso, de maneira proporcional ao valor da dívida e à renda do aluno. Há ainda financiamentos privados, mantidos por instituições financeiras ou unidades de ensino superior.

*De acordo com o Censo promovido pelo Guia do Estudante em 2016

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