Conheça os principais exames de proficiência exigidos por universidades
Esses testes são importantes para provar que o aluno não encontrará barreiras para acompanhar aulas ministradas em outra língua
Embora não sejam obrigatórios, exames de proficiência são frequentemente exigidos dos alunos internacionais pelas universidades, especialmente em países em que a língua inglesa é oficial. Esses testes são importantes para provar que o aluno é fluente em determinado idioma e, portanto, não encontrará barreiras para acompanhar aulas ministradas em outra língua.
No Brasil, são aplicados por entidades oficiais, que representam determinada cultura estrangeira no país – como é o caso do British Council, do Instituto Cervantes, da Aliança Francesa e do Goethe Institut. Dependendo do exame, não existe uma pontuação mínima para aprovação: cada universidade determina um nível de desempenho necessário aos candidatos.
Quais exames de proficiência escolher?
“As faculdades academicamente mais fortes pedem notas mais fortes, e as mais fracas pedem notas mais fracas. Conforme vai crescendo o nível acadêmico, o nível da nota vai subindo, inclusive para o intercâmbio”, explica Ana Virginia Kesselring, especialista na preparação de estudantes para provas de língua inglesa, como o TOEFL e o IELTS.
Por esse motivo, Ana Virginia alerta: o ideal é sempre escolher primeiro a universidade, para depois se preparar para determinado exame. No site das instituições é possível checar não apenas qual tipo de avaliação será exigido, mas também qual é a nota mínima necessária para ser admitido.
“Tem gente que acaba desistindo do sonho porque não tirou a nota na primeira vez que prestou o exame. Mas com dedicação, não é difícil conseguir”, diz a especialista. Para ela, vale a pena enfrentar a prova mais de uma vez, desde que haja empenho.
Na lista abaixo, conheça um pouco mais sobre os principais exames de proficiência para cada língua:
Exames de proficiência em inglês: TOEFL, IELTS e exames de proficiência de Cambridge
TOEFL e IELTS são os dois mais comuns para a língua inglesa e podem inclusive ser exigidos por universidades de países em que esta não é a língua oficial, mas que têm cursos ministrados em inglês. Segundo Ana Virginia, o TOEFL predomina nos Estados Unidos, e o IELTS na Europa e demais países com cursos em inglês. “Por isso, escolha primeiro o destino para depois se preparar para os exames”, recomenda.
A nota do TOEFL vai de 0 a 120. Boas universidades costumam exigir um mínimo de 90 pontos, sendo que as notas para mestrado e doutorado tendem a ser ainda maiores. Já a pontuação do IELTS vai de 0 a 9. As inscrições para cada um dos exames podem ser feitas pela internet e o valor gira em torno de US$ 200 (cerca de R$ 750). Saiba mais sobre as diferenças entre as duas provas.
Ana Virginia também chama a atenção para provas como o CPE (Certificate of Proficiency in English) e CAE (Cambridge Advanced Examination), que não têm prazo de validade – interessantes, portanto, para o currículo profissional, porém raramente aceitas pelas universidades.
“Quando você vai para o intercâmbio, eles exigem uma nota recente. O CPE é um exame muito difícil, então não vale a pena a pessoa estudar para ele sem ter um objetivo claro”, comenta. Você pode saber mais sobre todos esses exames (e ver como se inscrever para fazê-los) neste link.
Certificados de Proficiência em Espanhol: DELE e SIELE
Os DELE são os diplomas de língua concedidos pelo governo da Espanha. Eles têm validade por tempo indeterminado e, até alguns anos, eram a única referência de proficiência no idioma. Em 2015, porém, foi desenvolvido o SIELE, que aborda todas as variantes da língua e tem validade de dois anos. O exame é feito por uma parceria entre Espanha e México e foi aplicado pela primeira vez em 2016.
Existem seis provas diferentes de DELE, que avaliam as competências e níveis de fluência da língua (do A1 ao C2). No site do Instituto Cervantes é possível saber mais sobre cada nível e descobrir o grau de dificuldade de cada um vendo modelos de exames.
O SIELE, por sua vez, será dividido em quatro provas que compreendem as diferentes competências da língua (leitura, audição, escrita e oral). O candidato pode optar por avaliar apenas algumas dessas competências. Os exames de proficiência serão realizados de forma eletrônica em centros autorizados. Mais informações estão disponíveis no site oficial do exame.
Assim como ocorre com a os exames em língua inglesa, é importante saber, antes de prestar a prova, qual é o nível de exigência da universidade para qual o estudante pretende se inscrever ou se o diploma é sequer uma exigência. Para intercâmbios de curta duração, não é comum que se exija o certificado. Em outros casos, não depende da nota em si, mas do diploma do nível certo.
Diferentemente dos exames de proficiência em inglês, porém, os DELE e o SIELE não podem ser prestados a qualquer momento. Há um cronograma de provas para cada ano, e os valores para prestar os exames vão de R$ 210 a R$ 450.
Francês: DELF / DALF
Quando falamos de língua francesa, falamos de DELF e DALF. No Brasil, a única instituição autorizada a aplicá-los é a Aliança Francesa, que estabelece um mesmo calendário de provas e taxa de inscrição para todo o país.
Ao todo, são seis diplomas oficiais, correspondentes a seis níveis diferentes. No geral, universidades exigem diplomas dos níveis B2 ou C1 para admitir estudantes estrangeiros. Os diplomas têm validade permanente e, para prestá-los, é necessário fazer antes uma avaliação para saber o nível mais adequado. Mais informações sobre essas etapas estão no site da Aliança.
As provas são aplicadas duas vezes ao ano, uma no primeiro semestre e outra no segundo. O calendário completo está disponível aqui. As inscrições devem ser feitas presencialmente em unidades da Aliança Francesa e custam entre R$ 172 a R$ 612.
Italiano: CELI ou CILS
No caso da língua italiana, os certificados de proficiência solciitados mais comumente são o CELI e o CILS. Além disso, as provas também são exigidas para brasileiros descendentes de italiano que desejem adquirir a dupla cidadania.
CILS significa Certificazione di Italiano come Lingua Strangiera. A prova é oferecidas desde o nível A1 (o mais básico) até o C2 (o mais avançado) e sua duração vai de cerca de duas horas (para a mais simples) até quase quatro horas (para o nível C2). Ele é oferecido pela Università per Stranieri di Siena e normalmente acontece no Brasil em junho e dezembro. Veja aqui mais informações sobre a prova.
Já o CELI é o Certificado di Conoscenza della Lingua Italiana, oferecido pela Università per Stranieri di Periugia. A prova tem seis edições: CELI IMPATTO, que equivale ao nível A1 de proficiência de acordo com o Quadro Comum Europeu de Referência, e depois CELI de 1 a 5, que equivalem, gradativamente, aos níveis desde A2 até C2. Neste link, você pode ver os centros de aplicação da prova mais próximos.
Alemão: Goethe-Zertifikat
Participar de aulas ministradas em alemão parece o maior dos desafios, por isso certo preparo é necessário.
Os exames que comprovam conhecimento deste idioma são chamados Goethe-Zertifikat e são aplicados pelo Goethe Institut no Brasil. Existem ao menos 11 avaliações, que medem os diferentes níveis de competência, desde A1 para iniciantes até C2 para o nível mais alto. Novamente, a exigência muda de universidade para universidade. Saiba mais sobre cada exame de proficiência aqui.
As provas acontecem duas vezes ao ano. O calendário para os exames está disponível aqui. Valores vão de R$ 165 a R$ 575, dependendo do nível.
Mandarim: HSK
Menos conhecido que os outros exames de proficiência, o HSK avalia a proficiência dos estudantes em mandarim. São seis níveis de avaliação, que medem, em termos gerais, a quantidade de vocabulário que o aluno domina – sendo uma faixa de 150 “hanzis” (caracteres chineses) para o nível I e 5 mil para o nível VI.
No Brasil, o Instituto Confúcio é o único órgão autorizado pelo governo da China a aplicar o HSK, bem como a versão do teste voltada para adolescentes, o YCT. As datas e os valores dos exames de proficiência variam de acordo com os centros de aplicação, mas em geral são realizados duas edições por ano, com valores que vão de R$ 30,00 a R$ 350,00.
Para quem pretende prestar o exame a fim de ser admitido em uma universidade chinesa, é importante observar que a maior parte dos cursos oferecidos a estrangeiros na China exigem certificado de inglês. Um diploma de mandarim, porém, pode ser visto como diferencial pelos selecionadores.
Japonês: JLTP
O principal teste de proficiência em japonês é o JLPT, ou Japanese Language Proficiency Test. São cinco níveis de proficiência, do N5 (o mais básico) até o N1 (o mais complexo), e cada um deles confere um certificado diferente.
Via de regra, a determinação do nível mais adequado da prova para cada candidato se dá pelo número de kanjis (ideogramas) que o candidato domina. Para se ter uma ideia, o certificado N5 presume conhecimento de cerca de 100 kanjis; o N4, de 300. O número aumenta progressivamente até o N1, no qual espera-se que o estudante conheça 2.000 kanjis e um vocabulário de cerca de 10 mil palavras.
No Brasil, a prova é gerenciada pelo Centro Brasileiro de Língua Japonesa, que coordena a sua aplicação. As taxas variam de R$ 130 (para o N5) até R$ 190 (para o N1). Além de ser usado para ingresso em universidades japonesas, o certificado também pode ser um diferencial para brasileiros que pretendam se candidatar às bolsas do MEXT. Mais informações sobre a prova podem ser vistas aqui.
Qual exame de proficiência escolher?
O ideal é sempre escolher primeiro a universidade, para depois se preparar para determinado exame. No site das instituições é possível checar não apenas qual tipo de avaliação será exigido, mas também qual é a nota mínima necessária para ser admitido.
Quais são os principais exames de proficiência em inglês?
TOEFL e IELTS são os dois mais comuns para a língua inglesa e podem inclusive ser exigidos por universidades de países em que esta não é a língua oficial, mas que têm cursos ministrados em inglês. Provas como o CPE (Certificate of Proficiency in English) e CAE (Cambridge Advanced Examination) também são interessantes para o currículo profissional, pois não têm prazo de validade, mas raramente são aceitas pelas universidades.
Quais são os principais exames de proficiência em espanhol?
Os DELE são os diplomas de língua concedidos pelo governo da Espanha. Eles têm validade por tempo indeterminado e, até alguns anos, eram a única referência de proficiência no idioma. Em 2015, porém, foi desenvolvido o SIELE, que aborda todas as variantes da língua e tem validade de dois anos. O exame é feito por uma parceria entre Espanha e México e foi aplicado pela primeira vez em 2016.
Quais são os principais exames de proficiência em francês?
Quando falamos de língua francesa, falamos de DELF e DALF. No Brasil, a única instituição autorizada a aplicá-los é a Aliança Francesa, que estabelece um mesmo calendário de provas e taxa de inscrição para todo o país.
Quais são os principais exames de proficiência em alemão?
Os exames que comprovam conhecimento deste idioma são chamados Goethe-Zertifikat e são aplicados pelo Goethe Institut no Brasil. Existem ao menos 11 avaliações, que medem os diferentes níveis de competência, desde A1 para iniciantes até C2 para o nível mais alto.
Quais são os principais exames de proficiência em mandarim?
Menos conhecido que os outros exames de proficiência, o HSK avalia a proficiência dos estudantes em mandarim. São seis níveis de avaliação, que medem, em termos gerais, a quantidade de vocabulário que o aluno domina — sendo uma faixa de 150 “hanzis” (caracteres chineses) para o nível I e 5 mil para o nível VI.
Quais são os principais exames de proficiência em italiano?
Os mais comuns são o CILS e o CELI. Além de serem exigidos para ingresso nas universidades que ministram cursos nessa língua, eles também podem ser solicitados para brasileiros descendentes de italianos que pretendem adquirir a dupla cidadania.
Quais são os principais exames de proficiência em italiano?
Em japonês, o exame de proficiência mais aceito é o JLTP (Japanese Language Proficency Test), aplicado no Brasil pelo Centro Brasileiro de Língua Japonesa e entidades regionais.
Este texto foi originalmente publicado no portal Estudar Fora, da Fundação Estudar, parceira do Guia do Estudante.