Como estudar atualidades com o Rage Against the Machine
Banda de rock norte-americana, conhecida por suas músicas politizadas, se apresenta neste final de semana no festival de música SWU
Em 1º de Janeiro de 1994 / Os camponeses indígenas no Sul do México / Declararam guerra ao injusto / E ilegítimo governo. Esta estrofe faz referência ao movimento mexicano zapatista e poderia ser encontrada facilmente em um livro de história moderna ou de atualidades. Mas faz parte da letra da música Zapata’s Blood (Sangue de Zapata), da banda de rock norte-americana Rage Against the Machine, que se apresenta, pela primeira vez no Brasil, no próximo sábado (9), no festival de música SWU, no interior de São Paulo.
Músicas politizadas, como Zapata’s Blood – que está no álbum Live&Rare, lançado no Japão em 1998 , são regra no portfólio da banda. O RATM, que mescla ritmos como rap e heavy metal, se formou por volta de 1991 e logo se consagrou como uma banda que luta por causas políticas, falando em suas letras sobre movimentos a favor da democracia e da liberdade.
Por sua postura engajada, a banda se tornou símbolo entre jovens ativistas políticos ao longo dos anos 1990. Zapatas Blood foi usada, inclusive, como trilha sonora do documentário Essa é a Cara da Democracia (2000), que relata os protestos contra a Organização Mundial do Comércio (OMC), ocorridos em 1999, em Seattle (EUA).
Veja abaixo duas músicas do Rage Against the Machine com temas que podem cair no vestibular:
Zapata’s Blood Zapata’s Blood Zapata’s Blood
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On January 1st, 1994 Of the debt of the most wild, the most poor And it won’t stop until that 65 year old dictatorship, So check it out: It goes something like this
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Sangue de Zapata (tradução) Sangue de Zapata Sangue de Zapata Em 1º de Janeiro de 1994
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Da dívida do mais selvagens, os mais pobres E isso não vai parar até que essa ditadura de 65 anos, Então se liga nisso Ficaria mais ou menos assim
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A letra desta música, como o próprio título diz, fala sobre o zapatismo. O movimento, formado por camponeses indígenas, nasceu no estado de Chiapas, no sul do México. Ele ganhou notoriedade em 1º de janeiro de 1994, quando uma milícia com homens encapuzados – o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLND) – ocupou as prefeituras de diversas cidades de Chiapas.
Os zapatistas, liderados pelo subcomandante Marcos, reivindicavam, entre outras coisas: o fim da marginalização dos indígenas mexicanos, descendentes dos maias, exigindo uma ampliação da autonomia política e dos direitos sociais; a extinção do Nafta, tratado de livre comércio entre México, Estados Unidos e Canadá, visto como exemplo de submissão ao poder americano; e o fim da corrupção na política local.
– Saiba mais sobre o movimento Zapatista!
Zapatas Blood é uma música menos conhecida do Rage Against the Machine. Mas um de seus maiores sucessos também tem uma letra que ajuda na compreensão de um triste e importante capítulo da história dos Estados Unidos.
Killing In The Name Killing in the name of! Killing in the name of! And now you do what they told ya (7 times) Those who died are justified, for wearing the badge, theyre the chosen whites Some of those that were forces are the same that burn crosses Killing in the name of! And now you do what they told ya (4 times) Those who died are justified, for wearing the badge, theyre the chosen whites F*ck you, I wont do what you tell me (8 vezes)
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Matando Em Nome (tradução) Matando Em Nome De! Matando em nome de… E agora você faz o que eles te disseram Aqueles que morreram estão justificados, por usarem o emblema, eles são os brancos escolhidos Alguns daqueles que eram forças são os mesmos que queimam cruzes Matando em nome de… E agora você faz o que eles te disseram (4 vezes) Aqueles que morreram estão justificados, por usarem o emblema, eles são os brancos escolhidos &*#, Eu não farei o que você me diz (8 vezes) &*$%!
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Essa música, lançada em 1992, está no primeiro álbum da banda (Rage Against the Machine) e é reconhecida como símbolo do grupo. A letra fala sobre racismo, mais especificamente sobre a Ku Klux Klan.
A KKK é uma sociedade secreta racista fundada em 1866, nos Estados Unidos. Inicialmente, era formada por homens brancos veteranos confederados do Sul dos EUA, que haviam perdido a Guerra Civil do país. O objetivo da KKK era impedir a integração e ascensão social dos ex-escravos.
O grupo dos brancos escolhidos (como menciona a música) aterrorizou negros, matando-os e queimando suas casas. Os membros da KKK ficaram conhecidos por usarem batas e capuzes triangulares. A cruz em chamas se tornou símbolo do grupo.
Mesmo perdendo membros, a KKK continua existindo, combatendo a miscigenação racial.
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