Após polêmicas com o Congresso Nacional, o ministro da Educação, Cid Gomes, pediu demissão nesta quarta-feira (18), segundo informa a Agência Brasil. A demissão foi aceita pela presidenta Dilma Rousseff. Ainda não há mais detalhes sobre a substituição de Gomes na pasta e nem se os projetos em andamento, como o Enem Online, continuarão em execução. O MEC não se pronunciou sobre o assunto.
Leia abaixo a íntegra da nota oficial divulgada pela Presidência da República:
NOTA OFICIAL
O ministro da Educação, Cid Gomes, entregou nesta quarta-feira, 18 de março, seu pedido de demissão à presidenta Dilma Rousseff. Ela agradeceu a dedicação dele à frente da pasta.
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Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Desentendimentos após declarações
Líderes partidários da base governista e da oposição criticaram duramente as declarações e a postura de Cid Gomes, no plenário da Câmara, e pediram a saída dele do cargo na tarde desta quarta. O líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), disse que Cid Gomes ultrapassou as regras de convivência democrática e perdeu as condições de permanecer no cargo. “Vamos cobrar do governo se tolera ou orienta os seus ministros a não respeitar o Parlamento, porque esse Parlamento respeita os seus ministros”. Para Picciani, Gomes desrespeitou o Parlamento de forma “pueril, porque aponta o dedo, faz acusações e não dá nomes”.
Cid Gomes foi convocado à Câmara para explicar as declarações que fez na Universidade Federal do Pará, quando disse que haveria no Congresso “400 ou 300 achacadores” (pessoas com defeito moral) que se aproveitam da fraqueza do governo para levar vantagens.
O ministro disse que essa não é sua “opinião pública” e que a fala foi feita a estudantes dentro da sala do reitor após ser questionado pelos estudantes sobre a falta de dinheiro para a educação.
Cid Gomes ressaltou que não tinha como negar aquilo que reservadamente falou no gabinete da reitoria. “Se alguém teve acesso a uma gravação não autorizada que não reflete a minha opinião pública que me perdoe. Eu não tenho direito de negar a tantos nesses 20 anos de vida pública”. O ministro está prestando esclarecimentos à Câmara por convocação do plenário da Casa.
*Com informações da Agência Brasil
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