Na última quarta-feira (18), a Universidade Estadual Paulista (Unesp), informou que 41% dos alunos matriculados em 2012 na universidade eram oriundos da rede pública. A taxa configura um recorde em relação aos anos anteriores. Para a Pró-reitora de Graduação da Unesp, Sheila Zambello de Pinho, esse elevado número se deve em grande parte a ações para incentivar a entrada e permanência desses alunos.
Uma delas é a dos cursinhos pré-vestibulares populares oferecidos em seus campi em parceria com o Estado. Em 2010, o projeto alcançou o índice de aprovação de 32,27% (dos 4.586 estudantes, 1.480 foram aprovados em vestibulares – sendo 1.085 destes em universidades públicas).
– Unesp contabiliza 41% dos alunos vindos da rede pública
"Esses dados mostram como os cursinhos para candidatos carentes, além de constituir um local onde os alunos da própria Unesp trabalham como professores, são uma medida afirmativa que demonstra eficácia", afirmou ela ao GUIA DO ESTUDANTE.
Isenções e redução de taxa do vestibular (atualmente em R$ 110) para candidatos carentes, bem como bolsas de estudos, acesso a moradias ou concessão de auxílio-aluguel concedidos para estudantes com comprovada carência socioeconômica, também foram lembrados por Sheila Zambello como responsáveis pelo aumento. (Para saber mais sobre as bolsas concedidas pela Unesp, consulte o site da universidade)
A Pró-reitora também ressaltou que a alteração do modelo de prova a partir do vestibular 2010 contribuiu para os números. "Passamos a ter duas fases com provas mais voltadas para avaliar habilidades do que meramente conteúdos", explicou.
Mas elevar o percentual de ingressantes da rede pública para um nível maior que esse é tarefa mais complicada. "Para isso, seria necessário aumentar o percentual de candidatos da rede, o que não nos parece muito simples, uma vez que os dados dos últimos vestibulares estão estabilizados em torno de 40%, tanto para ingressantes como para candidatos. Nossa meta é ter uma porcentagem de ingressantes compatível com a porcentagem de candidatos, o que já vem ocorrendo nos últimos anos", afirmou Sheila Zambello.
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