A universidade que criou uma graduação para quem quer ser influencer
Nada de cair na área de paraquedas: esse curso prepara os estudantes com aulas de escrita criativa, edição de vídeos, negócios e até estudos culturais
Já listamos por aqui cursos livres e de curta duração que ajudam quem quer se tornar um influencer profissional. Mas já imaginou se fosse possível fazer uma graduação inteira dedicada a isso, como faz quem quer trabalhar como jornalista ou médico, por exemplo? Saiba que isso já é uma possibilidade – ao menos para quem mora na Irlanda ou pensa em estudar por lá. A Southeast Technical University, que fica na cidade de Carlow, criou uma graduação chamada “Criação de Conteúdo e Mídias Sociais”, que visa oferecer uma formação mais sólida para quem quer ser influencer ou trabalhar com um.
O processo seletivo para o curso abre ainda este ano, em novembro, e os novos estudantes começam as aulas em setembro de 2024. E se engana quem pensa que a vida desses aprendizes de influenciador será fácil: a graduação terá duração de quatro anos e incluirá disciplinas teóricas e práticas. Na grade, estão inclusas matérias de escrita criativa e de edição de vídeo, essenciais para quem produz conteúdo para as redes, mas também outras mais densas, como estudos críticos culturais.
Com isso, espera-se que o profissional da área possa compreender o mercado que está inserido e traçar estratégias para seu negócio – o que a professora Eleanor O’Leary, que leciona em comunicação e mídia na universidade, acredita faltar em muitos influencers que acabam no ramo quase por acidente.
“Nem sempre ele entende toda a parte dessa indústria que envolve contratos, agências e negócios”, afirmou em entrevista à rádio irlandesa RTÉ.
A professora também chama a atenção para o crescimento da área. Uma projeção do Marketing Hub projetou que o mercado de influência deve movimentar, apenas este ano, mais de US$ 21 bilhões no mundo todo. Também não falta gente interessada em participar dessa indústria em ascensão meteórica.
Uma pesquisa feita com jovens americanos da Geração Z mostrou que 57% deles estariam dispostos a deixar seus trabalhos atuais para se tornarem influenciadores – uma carreira que 53% deles considera respeitável. Além disso, três em cada 10 jovens e adolescentes disseram que estariam dispostos a pagar para virar influencer. A universidade irlandesa parece estar de olho nessa oportunidade.
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