Fuvest: o que não pode faltar na sua redação?
Repertório, argumentação e coesão são algumas características necessárias para garantir uma boa nota no vestibular
Para selecionar os candidatos que ingressarão em uma universidade, grande parte dos vestibulares exige a elaboração de uma redação. Algumas bancas pedem temas mais filosóficos, outras pedem que o estudante saiba argumentar sobre um tema da atualidade ou até fazer um gênero diferente do convencional, como uma carta.
Nesse contexto, é fundamental que o candidato estude o estilo de redação que deverá fazer e quais os principais elementos que precisam estar presentes no texto.
No caso da Fuvest, em termos de estrutura, uma sugestão do professor Eduardo de Araújo Teixeira, do Maximize, de São Paulo, é organizar o texto em, no máximo, 5 parágrafos.
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Já em relação ao conteúdo, segundo Thiago Braga, autor e professor do Sistema de Ensino pH, a Fuvest segue um modelo bem tradicional de avaliação cobrando uma dissertação argumentativa. “Há uma preferência por temas que possuem uma abrangência maior em comparação ao Enem, por exemplo”.
Braga cita que a redação da Fuvest pode discutir a importância de fatos históricos, fazer uma reflexão sobre o consumismo ou abordar o comportamento do homem frente às novas tecnologias, por exemplo.
Outro ponto importante é que ela não apresenta um problema, diferentemente das redações propostas pelo Enem. A banca exige a análise de um fenômeno sociológico, social e comportamental. “O aluno deve estar pronto para tratar aquilo dentro de uma perspectiva analítica e científica, a partir de evidências e do seu próprio cotidiano”, explica Braga.
Com as características da prova mais claras, veja 5 itens que não podem ficar de fora da sua redação na Fuvest:
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Desenvolvimento do tema proposto
Teixeira explica que é comum os candidatos fugirem do tema, abordando algo que não foi pedido pela banca.
Não se esqueça que, além de perder tempo de prova, o espaço que você tem para escrever é limitado. Nada de focar em algo que diminuirá os argumentos sobre o que realmente importa para quem for avaliar o texto. Além disso, tangência em relação ao tema por si só é bastante penalizada pela banca da Fuvest.
Argumentação
Outro ponto é a argumentação. Parte-se do pressuposto de que essa é uma competência que o aluno vai precisar usar muito durante os anos na universidade.
Segundo Braga, escolher estudantes que tenham uma grande capacidade crítica e também a habilidade de organizar suas ideias de forma escrita é algo defendido pela USP.
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Repertório
Outra dica do professor do Maximize é que o estudante evite um discurso muito abstrato e pontue o texto com seu repertório. Use o que você aprendeu na escola, com acontecimentos recentes, dados culturais (filmes, livros, séries) e, se necessário, com números de fontes confiáveis ou citações que você lembrar.
Coesão
A coesão também é algo bastante requisitado pela Fuvest. “A banca entende que a coesão não precisa ser necessariamente feita por meio de conectivos que ligam parágrafos ou períodos, mas por ganchos semânticos”, diz Braga.
Ou seja, seu texto deve fluir de forma que as frases e parágrafos se conectem e façam sentido em conjunto.
Linguagem Formal
É muito importante que, independente do estilo de escrita de cada um, o estudante use uma linguagem formal.
“Dominar os aspectos estruturais da língua portuguesa é algo que o estudante deve dar atenção. Regência, concordância e ortografia são pontos fundamentais para os candidatos revisarem nesse momento”, explica Braga.