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Estudantes nota mil dão dicas de como ir bem na redação do Enem

Mesmo com as dificuldades da pandemia, esses estudantes desenvolveram excelentes estratégias para o exame

Por Wender Starlles
Atualizado em 13 abr 2021, 20h09 - Publicado em 13 abr 2021, 20h07

Dos mais de 2.7 milhões de estudantes que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, apenas 28 conseguiram tirar nota mil na redação. Essa façanha requer muita preparação durante os estudos. Os participantes precisam ficar atentos a todos os detalhes que envolvem o modelo de texto argumentativo da prova. Apesar de parecer muito difícil, com dedicação e bastante treino você também pode atingir a pontuação máxima. 

GUIA conversou com quatro estudantes nota mil na redação do Enem 2020, para saber quais foram as principais técnicas de estudo que eles utilizaram durante a preparação para a dissertação da prova. Vem conferir!

Estilo próprio

Adrielly Clara Enriques foi uma das 28 pessoas que tiraram nota mil na redação do Enem 2020.
Adrielly Clara Enriques pretende utilizar a nota para cursar Letras. (Divulgação/Reprodução)

Adrielly Clara Enriques, 18 anos, do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), utilizou um projeto online gratuito para treinar as redações durante a quarentena. Essa iniciativa, que é mantida por professores e alunos do IFMG, pode ser acessada por qualquer pessoa do Brasil. As correções de textos são realizadas de acordo com a vista pedagógica do Enem. 

Para a estudante, não existe um método revolucionário de como alcançar nota mil na redação, além de muito treino. Ela escreveu um texto por semana com base nos temas propostos pelo projeto e por sites em que pesquisava. 

“É importante colocar metas e estipular quantidades. Escrever duas por semana ou três por mês, por exemplo. Com a prática de determinado gênero textual, você vai conseguir produzir mais rápido. Além disso, é fundamental ficar atento aos erros e buscar solucioná-los”, destaca. 

A jovem também alerta para o uso indevido de frases ou modelos prontos de redação – técnica bastante difundida entre os estudantes – que podem ser encontrados na internet. Por isso, sua principal recomendação é que cada um deve desenvolver e melhorar o próprio estilo de escrita. 

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Dicas de Adrielly:

Repertório sociocultural

Jovem negro segurando uma placa com os dizeres
Estudante de Pernambuco sonho em cursar medicina. (Divulgação/Reprodução)

O grande sonho do estudante Savicevic Ortega, 20 anos, é ingressar em uma faculdade de medicina. Ele já participou de outras edições do Enem, inclusive, com a nota da prova conseguiu uma bolsa integral pelo Prouni para cursar Direito em 2018. Atualmente, está no quinto período do curso, mas se tudo der certo vai trocar os livros de legislação pelos de anatomia humana. 

O jovem, que é morador de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, se dedicou bastante aos estudos no ano passado. No entanto, ele sentiu dificuldades em determinados momentos porque tinha que conciliar a graduação com os estudos para o exame. Nos treinos de redação, Ortega estabeleceu como meta escrever dois textos por semana, toda segunda-feira. 

“Você precisa conhecer a estrutura da redação e as cinco competências cobradas pelos corretores. Também recomendo estudar vários eixos temáticos e praticar redações, porque, na hora da prova, qualquer assunto que vier você terá segurança para escrever sobre”, afirma.

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Ortega destaca que uma ótima maneira de tirar nota mil na redação é buscar enriquecer o repertório sociocultural o máximo possível durante a preparação para o Enem. Não sabe por onde começar? Calma! É só ficar de olho aqui no site e nas redes sociais do GUIA, sempre recomendamos filmes, séries e livros que podem te ajudar nos vestibulares.

+Enem: como elaborar uma boa proposta de intervenção na redação

Dicas de Savicevic Ortega:

Empatia na escrita 

Raíssa às vezes não tinha forças para estudar durante a pandemia.
Raíssa às vezes não tinha forças para estudar durante a pandemia. (Divulgação/Reprodução)

Dez horas de estudo todos os dias divididos entre videoaulas no período da manhã e exercícios na parte da tarde e da noite. Essa foi a preparação de Raíssa Piccoli, 20 anos, que mora na cidade de Dourados, Mato Grosso do Sul. No começo da quarentena, ela pensou que conseguiria manter esse ritmo de dedicação até o retorno das aulas presenciais. Porém, com o decorrer do tempo, sentiu-se frustrada por não ver o fim da pandemia. 

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Raissa comenta que não se adaptou ao ensino remoto, principalmente por sentir falta do convívio com os amigos e professores. A jovem enfrentou dificuldades de concentração. “Em vários dias eu não tinha forças para tirar o pijama e assistir às aulas, muito menos sair da cama. Foi complicado”, diz. Para superar esses problemas, ela tentou se desligar um pouco das notícias sobre a pandemia. “Não é fácil estudar quando a gente sabe que tem um número grande de pessoas morrendo”, comenta. 

Em relação à preparação para a redação, Raissa escrevia três textos por semana, sempre aos domingos. Apesar de o Enem ser o seu foco principal, ela também praticou a escrita com base em outros modelos de vestibulares, como o da Fuvest e Vunesp. Isso ajudava a ter uma diversidade maior nas leituras e abordagens. Porém, essa rotina não foi seguida à risca. A estudante comenta que ficou um mês sem escrever nada, justamente pela dificuldade em se adaptar às aulas online.

Para tirar nota mil na redação do Enem, Raíssa criou uma rotina de escrita. Isso permitiu a ampliação de repertório, vocabulário e a correção de erros em tempo hábil, segundo a estudante. 

“Recomendo que as pessoas conheçam as competências avaliadas pelos corretores da prova. Durante a escrita, prestem o máximo de atenção possível ao tema. Indico que circulem palavras importantes para evitar o desenvolvimento incorreto do texto”, comenta.

Mas a grande dica da estudante é o hábito da leitura. “Tenho certeza que isso abre porta inimagináveis, que vão além do ganho de vocabulário. Esse costume torna as pessoas mais empáticas. No Enem, por exemplo, me coloquei no lugar de pessoas com doenças mentais para conseguir escrever a redação”, afirma.  

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+Como explorar a coletânea da melhor forma

Dicas de Raíssa:

Senso crítico

Desenvolver senso crítico foi a estratégia de Giovanna.
Desenvolver senso crítico foi a estratégia de Giovanna. (Divulgação/Reprodução)

A quarentena também afetou a preparação de Giovanna Benvenute, 17 anos, que é moradora da cidade de Guarulhos, em São Paulo. Durante os estudos, o excesso de barulho em casa foi um dos principais fatores que atrapalharam a sua concentração nas atividades ao longo do ano. Como estava no terceiro ano do ensino médio, decidiu se dedicar, de maneira responsável, mais ao vestibular do que para as atividades escolares.  

De março até julho, Giovanna adquiriu o máximo de repertório e senso crítico possíveis, para serem utilizados como argumento na construção dos textos. Depois desse período, passou a escrever uma redação por semana. Um mês antes do Enem, essa quantidade dobrou. 

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“Os estudantes não devem comparar o próprio desempenho com o de outras pessoas que tiram nota alta na redação. Quando começamos a estudar, é normal o desempenho ser baixo. É com o tempo que vamos observando uma evolução. A nota mil vem depois de muito treino”, comenta.

Para incentivar outros estudantes, Giovanna mantém um perfil no Instagram com dicas de estudos sobre vários vestibulares. 

+Redação: como saber se você está fugindo da proposta?

Dicas de Giovanna:

Como foi o seu desempenho? Comente nas redes sociais do GUIA

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