Diferentemente das universidades públicas da Bahia, Rio de Janeiro, Brasília e Pará, as universidades estaduais paulistas ainda divergem na questão da adoção do sistema de cotas étnico-raciais. Porém, duas das principais universidades públicas do estado manifestaram, por meio da aprovação de medidas internas, que, ao menos em relação aos programas de pós-graduação, pode haver uma mudança nos próximos anos.
A Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, já adota o sistema na admissão do mestrado em Direitos Humanos e aprovou, no mês de março, a inclusão do curso de Antropologia nas cotas. A medida aguarda avaliação da reitoria.
Já a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) enviou uma proposta à reitoria para incluir as cotas para os cursos de pós-graduação do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da universidade. A iniciativa surgiu a partir da mobilização da Frente Pró-Cotas e do Núcleo de Consciência Negra da universidade. A proposta é que os programas IFCH determinem um adicional de vagas mínimo de 25% para pessoas negras e no mínimo uma vaga no mestrado e doutorado para pessoas com deficiência física e indígenas.
Se aprovada, a medida será inédita na história da instituição. Na graduação, a Unicamp mantém políticas de ação afirmativa como o o Paais (Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social), que adiciona um bônus na pontuação do vestibular para candidatos negros e indígenas advindos de escolas públicas.
Tanto no caso da USP como no da Unicamp ainda não foi definido um número de vagas reservadas para as cotas nem o prazo para que comecem a ser estabelecidas.
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