“Tenho 35 anos. Estou velha para fazer a primeira graduação?”
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“Janice Soares Nunes”]Bom dia. Tenho 35 anos e agora farei minha primeira graduação. Sou centralizadora com base no teste vocacional, tenho experiência com gestão de equipes, mas hoje penso em gestão de RH ou algo mais administrativo, de repente gestão financeira… Mas será que ainda dá para mudar aos 35? Porque gerenciar me abala emocionalmente e me desgasta muito, já que quero tudo feito com perfeição — e, lidando com equipes, nem sempre é assim. Visto a camisa e hoje estou perdida, tive depressão e agora preciso voltar ao mercado de trabalho. Não sei por onde começar e quero muito estudar. Me ajudem. Obrigada
Por JULIANA RISSARDI, sócia-consultora da People & Results
Olá, Janice, tudo bem?
Espero que você já esteja totalmente reequilibrada emocionalmente.
Já que você está repensando seus estudos e sua carreira, eu posso te dizer: nunca é tarde para mudar e principalmente para começar a estudar.
Fazer uma graduação lhe trará novas oportunidades no mercado de trabalho. Porém, antes de escolher a graduação vejo que você tem diversos pontos de dúvida em relação às coisas que gosta de fazer. E é sempre bom lembrar que para ser bem-sucedida na carreira não necessariamente você precisa seguir uma carreira de gestão. Portanto eu começaria por aí: já que você já sabe que não tem habilidades para liderar, por que investir nisso?
Minha recomendação é que você se aprofunde no autoconhecimento. Por quê? Muitas vezes estamos tão dentro do problema que não conseguimos reconhecer nossos pontos fortes, a fim de escolher uma carreira que nos deixe realmente feliz.
Para que você possa fazer uma mudança consciente você precisa descobrir quais são suas preferências de personalidade. Relembre situações de infância em que você se dava bem, matérias na escola em que você ‘nadava de braçada’ e fazia melhor que todo mundo. Ah, e não esqueça de relembrar também os seus sonhos de infância. Muitas respostas quanto às suas preferências podem estar contidas nessas histórias que você deixou pra trás.
Além disso, esse tipo de conversa também pode ser feita com um mentor, um coach ou um orientador de carreira profissional. Só cuidado, existem ainda muitos processos ‘porcarias’ por aí. Esteja atenta para avaliar se esse é um bom momento para contratar um processo profissional e um que realmente encaixe com seu objetivo de descobrir o que você realmente gosta.
Pense nisso e mãos à obra!
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Empresas são feitas de profissionais. São eles que constroem, transformam e perpetuam a cultura corporativa. Quando colocadas em posições que exigem aquilo que cada um tem de melhor, alcançam desempenho superior, são mais felizes. Portanto, cuidar da cultura da empresa e da carreira é peça fundamental na gestão de pessoas e para o sucesso nos negócios. Em suma, pessoas e resultados são o nosso negócio.
(A consultoria, especializada em carreira e cultura organizacional, responderá periodicamente as dúvidas dos leitores do GE).