“Direito, Relações Internacionais, Administração ou Comércio Exterior?”
Orientador profissional esclarece
Estou cursando Direito e Administração. Gosto muito dos dois cursos, mas pela dificuldade em matemática estava pensando em mudar o curso de Administração por Relações Internacionais ou Comércio Exterior. Pensei em Relações Internacionais pois estudo francês e alemão, e falo inglês fluente. Existe um bom mercado de trabalho para Relações Internacionais? Qual desses quatro cursos tem a possibilidade de maior ganho financeiro? Qual seria sua dica se fosse para escolher dois desses cursos? Obrigada!Enviado por Ivanir
Você demonstra bastante preocupação em relação a sua qualificação profissional. Faz dois cursos simultâneos e já está pensando em outros. Inicialmente sugerimos que esses cursos possam contribuir para a construção de uma identidade profissional sólida, ou seja, que mantenham algum grau de relação entre si. Tome cuidado apenas para não se tornar um “estudante profissional”, ou seja, que protele sua entrada no mercado de trabalho e tome como objetivo apenas a aquisição de conhecimentos sem aplicá-los à vida social.
O curso de Relações Internacionais exige o desenvolvimento de conhecimentos humanísticos, como política e economia; o de Comércio Exterior tem o foco centrado na legislação e no aproveitamento de oportunidades para a realização de negócios. Ambos podem ser interessantes e garantir bons rendimentos, mas têm duração de quatro anos em média. Uma opção é realizar cursos de pós-graduação, seja stricto sensu (mestrado e doutorado) ou lato sensu, de especialização, voltados à qualificação gerencial.
De fato, as chances de ingresso e permanência no mercado de trabalho aumentam proporcionalmente conforme a qualificação profissional do candidato a uma vaga. De toda forma, pense na possibilidade de devolver à sociedade, seja ampliando as possibilidades de investimento da iniciativa privada, seja na defesa de interesses gerais da população, a qualificação a que você está tendo acesso. Privada ou pública, toda educação é sempre uma concessão do Estado – um direito do cidadão que se reverte em obrigação ética de retribuição para a melhoria da construção da sociedade.