Este texto foi originalmente publicado no portal Na Prática, da Fundação Estudar, parceira do GUIA DO ESTUDANTE.
Para quem sonha em se tornar desenvolvedor de software, o mercado de trabalho nunca esteve tão cheio de oportunidades. E a expectativa é que a oferta de vagas só aumente. A demanda pelos profissionais deve gerar a criação de mais de seis milhões de vagas de empregos nos próximos cinco anos, como aponta um levantamento do Microsoft CELA Data Science e Analytics. O número representa 70% do total de vagas em tecnologia previstas até 2027.
Mas o que faz um desenvolvedor de software?
Esse profissional é responsável por criar, projetar e construir programas de computador (ou de software), que permitem que os usuários executem tarefas específicas em computadores e dispositivos móveis. Entre as principais funções deste trabalho estão identificar as necessidades do usuário, criar programas, testar novos softwares e fazer melhorias.
Enquanto alguns desenvolvedores podem se concentrar em um programa ou aplicativo específico, outros criam redes gigantes ou sistemas subjacentes que ajudam a acionar e alimentar outros programas. Por isso, esse profissional pode ser dividido em duas categorias:
Desenvolvedor de aplicativos: Projeta aplicativos para computadores e dispositivos móveis, com foco na criação para os consumidores.
Desenvolvedor de sistemas: Concentra-se em sistemas operacionais, compiladores e software de distribuição de rede. Essa função é mais voltada para o design de soluções para organizações empresariais, como aplicações médicas, industriais, militares, de comunicações, aeroespaciais, comerciais, científicas e de computação.
Grande parte da criação de programas está ligada à escrita do código. O papel do desenvolvedor de software é supervisionar esse processo, analisando as necessidades do usuário para posteriormente criar e testar um software focado em solucionar um problema.
Depois de mapear o design, criar fluxogramas e esboçar cada etapa do processo, os desenvolvedores constroem diagramas e modelos para instruir os programadores sobre como escrever o código.
Também é comum que as pessoas confundam desenvolvedores e engenheiros de software. O motivo é que muitas vezes os profissionais executam funções parecidas e necessitem das mesmas habilidades. De forma geral, os desenvolvedores trabalham em uma escala menor, atuando em um nicho específico, enquanto os engenheiros possuem uma abordagem mais geral que pode envolver análise de dados, testes e dimensionamento, além da programação.
Habilidades essenciais para o profissional
Como boa parte das pessoas que atuam na área de tecnologia, o desenvolvedor de software precisa trabalhar com equipes multidisciplinares e dominar algumas linguagens de programação. As principais competências técnicas procuradas nesse profissional são conhecimentos em:
- Java
- ASP.NET
- JavaScript
- Python
- C#
- Linux
- DevOps
Além disso, algumas soft skills são extremamente importantes para o bom andamento do trabalho como a capacidade de resolução de problemas, habilidade para trabalhar em equipe, olhar analítico e estratégico, atenção ao detalhe e comunicação interpessoal.
Tipos de projeto de desenvolvimento
Apesar do escopo de trabalho do desenvolvedor de software ser basicamente construir programas de computadores, existem várias subdivisões dentro dessa tarefa. Termos como front-end, back-end e full-stack comumente são utilizados para descrever a forma ou a particularidade com que o profissional trabalha. Conheça alguns dos diferentes tipos de desenvolvimento de softwares:
Front-end: A área de front-end trabalha na parte do produto com a qual o usuário interage. A principal preocupação é desenvolver uma interface que seja intuitiva e eficaz para quem utiliza as plataformas. Os desenvolvedores front-end criam o layout, os aspectos visuais e os elementos interativos de um site ou aplicativo, além de corrigir falhas e garantir que a interface do usuário possa ser executada em diferentes navegadores.
Back-end: Em contraste, o back-end faz referência à parte do produto que os usuários não conseguem enxergar. O desenvolvedor trabalha na infraestrutura que alimenta a plataforma, com foco na funcionalidade, integração de sistemas e lógica. Também faz parte da função garantir um bom desempenho, escalabilidade e segurança do software. Trabalha em conjunto com o profissional de front-end.
Full-stack: O desenvolvedor de software full-stack consegue englobar as habilidades necessárias para criar tanto o front-end como o back-end. Em geral, o profissional deve ter fortes habilidades de programação e ser capaz de desenvolver um produto completo, do começo ao fim. Por conta dessa combinação de competências, acaba sendo um dos mais requisitados pelas empresas.
Banco de dados: Nessa área, o desenvolvedor é responsável por construir um banco de dados e projetar programas que ajudem a acessar as informações disponíveis de forma prática e ágil. Não é a mesma função que o administrador de banco de dados, que normalmente trabalha com a manutenção diária e resolução de problemas, apesar de às vezes algumas tarefas se sobreporem.
Computação em nuvem: Alguns desenvolvedores se especializam em computação em nuvem, ou seja, na criação de plataformas que podem ser acessadas remotamente de qualquer local. Os profissionais desenvolvem aplicativos, facilitam a implantação e migração de arquivos, além de gerenciarem serviços em nuvem e fornecerem manutenção aos usuários.
Engenharia de DevOps: O termo DevOps significa um conjunto de práticas e filosofias focadas no desenvolvimento de softwares de forma rápida, eficiente e centrada no cliente. Os profissionais atuam no desenvolvimento do produto com base nesses princípios para equilibrar as necessidades ao longo do ciclo de vida, além de realizar testes de qualidade e implementação. Fortes habilidades de programação, integração, conhecimento em scripts e testes de controle de qualidade são essenciais.
Engenharia de Segurança: Garantir a segurança da informação é uma das maiores preocupações das empresas. O desenvolvedor de software focado em cibersegurança trabalha para garantir que os sistemas tecnológicos estejam protegidos e evitar que sejam hackeados. Os hackers éticos são um exemplo desse tipo de profissional, que tenta identificar e expor vulnerabilidades nos softwares para que eles possam ser corrigidos antes que ocorram ataques cibernéticos.
Dando os primeiros passos
Para trabalhar como desenvolvedor de software, os profissionais costumam fazer graduação nas áreas de engenharia de software, ciência da computação ou cursos semelhantes. Ainda que não seja necessário um diploma, a maioria das pessoas que atuam na área conta pelo menos com um curso superior.
O primordial é ter uma base sólida em linguagens de programação, principalmente Java, Python, C++ e Scala. Para quem prefere desenvolver as habilidades por meio de cursos, vale a pesquisa por aqueles que tenham ênfase em desenvolvimento e ofereçam certificação. Além das linguagens de programação, é útil ter experiência com outras ferramentas que os desenvolvedores de software costumam usar. Alguns exemplos são a linguagem SQL, os sistemas Git e Mercurial SCM e ambientes de desenvolvimento integrados.
Com a técnica dominada, é hora de partir para a experimentação e colocar em prática todo o conhecimento adquirido. Montar um portfólio é muito importante para conseguir uma oportunidade de emprego. Inclua projetos que demonstrem as tecnologias e conhecimentos solicitados pela vaga.
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