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Uso de máscara não é mais obrigatório nas salas de aula em SP

Especialistas em saúde afirmam que a medida é prematura. As máscaras seguem obrigatórias no transporte público e estabelecimentos de saúde

Por Karolina Monte
Atualizado em 17 mar 2022, 19h20 - Publicado em 17 mar 2022, 19h17
Sala de aula com uma professora negra e 6 alunos crianças. Todos estão de máscara e com distanciamento entre as carteiras.
 (Getty/Reprodução)
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O governo do estado de São Paulo anunciou, na tarde desta quinta-feira (17), a flexibilização do uso de máscara em ambientes fechados, incluindo salas de aula. O item ainda é obrigatório em transportes públicos e seus locais de acesso, como estações e terminais, e em estabelecimentos que prestam serviços relacionados à área da saúde.

Publicado em edição extra do Diário Oficial do estado, o decreto tem efeito imediato. Com isso, torna-se opcional o uso da máscara em salas de aula, comércios e academias. A flexibilização em espaços abertos já havia sido decretada pelo governador João Doria na última semana.

+ USP, Unesp e Unicamp seguem exigindo uso de máscara em espaços abertos

A medida vale para todos os municípios do estado, independente das porcentagens de imunização de crianças e jovens e ocorre em um momento de queda no número de internações e aumento da população vacinada. As crianças de 5 a 11 anos receberam a vacina dentro das escolas do estado há cerca de um mês.

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Segundo o decreto, a decisão tomou como base as análises técnicas do Comitê Científico do Coronavírus de São Paulo, que levou em conta o índice de vacinação no estado. Segundo o governo estadual, mais de 90% da população com mais de 5 anos já tomou as duas doses, dado equivalente à meta estabelecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pelo Ministério da Saúde.

Também foram analisados os dados da covid-19 dos 14 dias seguintes ao feriado de Carnaval. A partir deles foi constatada uma melhoria nos indicadores epidemiológicos o que, na prática, significa uma queda progressiva na transmissão do vírus.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alexandre Naime, avaliou que a liberação do uso de máscaras em todos os ambientes é prematura. “A média móvel de casos novos no Brasil caiu muito, mas agora está num platô, não está baixando mais. Vivemos um cenário de incerteza a curto prazo. Há uma preocupação com avanço da subvariante BA.2″, afirma o especialista.

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Especialistas em saúde afirmam que a medida é prematura. As máscaras seguem obrigatórias no transporte público e estabelecimentos de saúde

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