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São Paulo muda protocolo para casos de covid-19 nas escolas

Regras estão mais flexíveis. Estudantes e professores só serão afastados caso apresentem dois ou mais sintomas da doença

Por Taís Ilhéu
Atualizado em 3 fev 2022, 16h48 - Publicado em 3 fev 2022, 14h43
Professores e alunos com um sintoma da covid-19 não serão afastados
 (Rovena Rosa/Agência Brasil)
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Com a volta às aulas, a Secretaria de Educação do estado de São Paulo modificou o protocolo para casos de covid-19 nas escolas. As novas regras são mais flexíveis e valem tanto para a rede pública quanto para a privada. Em entrevista à coluna da jornalista Laura Mattos, da Folha de S. Paulo, o secretário de educação, Rossieli Soares, afirmou que a mudança conta com o respaldo do comitê médico. Nesta quarta-feira (2), mais de 3,5 milhões de alunos retornaram às escolas da rede estadual em São Paulo.

Uma das principais mudanças é que, a partir de agora, as aulas não serão paralisadas caso um ou dois alunos tenham contraído a covid-19. Nestes casos, apenas os estudantes contaminados serão afastados e o restante da turma continuará assistindo às aulas normalmente. O secretário de Educação não entrou em detalhes, mas afirmou que a turma só será fechada se houver confirmação de surto local  e que na rede estadual essa decisão cabe somente à Secretaria. Os casos suspeitos ou confirmados nas escolas deverão ser informados ao Simed, o Sistema de Monitoramento da Educação para a covid-19.

O novo protocolo também muda as regras para o afastamento de alunos com suspeita da doença. A volta às aulas presenciais é obrigatória e só poderão se ausentar estudantes, funcionários e professores que testaram positivo para a covid-19 ou que estejam com pelo menos dois sintomas da doença. Para a Secretaria, apenas um sintoma não configura suspeita. “Não pode ser: ‘Ah, eu tô com dor de cabeça, então eu sou sintomático de covid’. Não, não é.”, afirmou Rossiele Soares.

Os que foram afastados têm autorização para voltar à escola cinco dias depois, caso apresentem teste com resultado negativo e não estejam mais sintomáticos. Já os estudantes ou funcionários que continuam apresentando sintomas devem ficar em casa por um período de sete dias, prorrogável por  mais três caso os sintomas persistam.

As mudanças anunciadas pela Secretaria de Educação do estado estão sendo criticadas por alguns especialistas da saúde. Em entrevista ao G1, o pediatra infectologista, Renato Kfouri, afirmou que os estudantes e professores deveriam ser isolados logo ao primeiro sintoma da covid-19. “Febre, tosse, coriza, dor de garganta, são sinais sugestivos de um quadro viral. E hoje o risco desse quadro viral ser covid é muito grande”, explica.

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