Revolução Constitucionalista de 1932 é tema de exposição em SP
Mostra apresenta fotografias, objetos históricos e recria cenários da revolução
Em seu aniversário de 90 anos, a Revolução Constitucionalista de 1932 torna-se o tema de uma nova exposição que fica em cartaz até setembro no Museu da Imagem e de Som (MIS), em São Paulo. Intitulada “1932: Revolução, Constituição e Cidadania – A força de um ideal”, a mostra tem como objetivo transportar o visitante para os três meses em que o estado de São Paulo lutou contra o governo de Getúlio Vargas.
A exposição foi desenhada e concebida para ser imersiva, com peças e cenários recriados a partir de pesquisas e fotos que ilustram o panorama brasileiro e mundial da década de 30.
Além de conferir itens históricos originais, o visitante terá a oportunidade de vivenciar o que ocasionou o conflito, aprendendo mais sobre seus desdobramentos históricos, tecnológicos e políticos.
A exposição relembra a morte emblemática dos quatro estudantes que ficaram conhecidos como “MMDC”, cita a alternância de poder entre São Paulo e Minas Gerais (chamada de política do café com leite), passa pela modernização das indústrias paulistas e ainda assombra o visitante com um cenário do “Fantasma da Morte”, o trem blindado criado pelos paulistas que era munido de canhões e metralhadoras.
O objetivo da mostra é tornar o assunto mais acessível para o público, o que a torna uma boa oportunidade para estudar e aprender mais sobre o período. O levante representa um importante capítulo da chamada Era Vargas (1930-1945).
A exposição fica em cartaz até o dia 11 de setembro, de terça a domingo, das 11h às 19h. Os ingressos são gratuitos, mediante agendamento pelo site.
A Revolução de 1932
Chamada de ‘contrarrevolução’ pelos getulistas, o levante paulista nasceu a partir de uma série de insatisfações. A principal tem início em 1930, quando Getúlio Vargas tomou o poder e instalou um governo provisório, dissolvendo o Congresso e depondo os governadores de estado. São Paulo, que se destacava graças ao dinheiro do café, perde o domínio político que alternava com Minas Gerais, na chamada “política do café com leite”.
Na época, o Partido Democrático (PD) e o Partido Republicano Paulista (PRP), que rivalizam entre si em São Paulo, uniram-se na Frente Única Paulista contra o Governo Provisório de Vargas. Entre as principais demandas estava o estabelecimento de uma nova Constituição – assunto que Vargas evitava, com o apoio dos chamados tenentistas (militares).
O embate começa no dia 9 de julho, mas dura apenas 87 dias. O exército paulista, mesmo com grande participação da própria população (que chegou a doar ouro em um campanha de financiamento público), foi massacrado pelo exército nacional. As tropas getulistas tinham um exército maior, além de mais armas e preparação militar.
Serviço exposição
1932: revolução, constituição e cidadania – a força de um ideal
Local: Espaço Expositivo 2º andar – MIS (Av. Europa, 158 – Jardim Europa / São Paulo)
Data: 9/07 a 11/09
Horários: terça a domingo, das 11h às 19h
Ingresso: gratuito, pelo site
Classificação: Livre
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