Quem criou o Fies? Conheça a história do programa
O programa passou por diversas mudanças desde sua criação, em 1999. Confira
O resultado do Fies 2025 (Fundo de Financiamento Estudantil) está previsto para a próxima terça-feira (18), e deve contemplar mais de 67 mil inscritos de todo o país. Mas afinal, de onde veio o Fies? Você já se perguntou quem criou o programa? E será que existia outra iniciativa do Governo Federal para auxiliar estudantes de baixa renda a ingressarem em universidades privadas antes dele?
Para entender a importância da iniciativa, é preciso conhecer sua história! Abaixo, saiba quem foi o responsável pela criação do Fies e as mudanças pelas quais ele passou ao longo dos anos.
Linha do tempo do Fies
O Fies foi criado em 1999, no governo do ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, com o nome Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Ele veio para substituir o Programa de Crédito Educativo (Creduc), que existia desde 1975 durante o governo de Ernesto Geisel.
Em sua primeira versão, o prazo de pagamento do financiamento estudantil pelo estudante não podia ultrapassar o tempo de duração do curso escolhido. Ou seja, se a graduação durava quatro anos, o financiamento deveria ser pago em quatro anos.
Em 2000, a inscrição de estudantes no processo seletivo no 1º semestre já foi realizada pela internet, como consta no relatório do programa. Após um ano e meio de implantação, permitiu o ingresso de 102.501 estudantes de baixa renda no Ensino Superior.
Até 2006, na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a taxa de juros do Fies era de 9%. Depois, até 2009, passou a ficar entre 3,5% e 6,5%, dependendo do curso.
Em 2010, no último ano da gestão de Lula, o Fies passou por diversas mudanças que ampliaram o acesso ao programa.
- O programa passou a ser vinculado à nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio);
- Deixou de ser necessário um fiador para participantes cuja a renda da família, por pessoa, fosse de até 1,5 salário mínimo;
- A taxa de juros se tornou fixa em 3,4% ao ano para todos os cursos;
- Para os candidatos cuja a renda da família, por pessoa, fosse de até 1,5 salário mínimo, a taxa de juros foi zerada;
- Todos passaram a ter maior tempo de pagamento.
A partir de 2018, foi estabelecido que a renda mensal bruta do candidato ou do seu grupo familiar não podia exceder até 3 salários mínimos. No final de 2021, o ex-presidente Jair Bolsonaro perdoou até 92% da dívida de estudantes de baixa renda com o Fies.
Em 2024 foi lançado do Fies Social, ofertando a possibilidade de até 100% de financiamento nos contratos dos estudantes com renda familiar per capita de meio salário-mínimo inscritos no Cadastro Único (Cad Único).
+ Entenda a diferença entre o Fies e o Fies Social
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