Estudantes relatam problemas para se inscrever no Fies
Candidaturas às 35 mil vagas remanescentes do programa estão sendo recebidas desde segunda-feira (18)
Alguns estudantes ouvidos pelo GUIA DO ESTUDANTE vêm relatando problemas para acessar o site do Sistema de Seleção do Fundo de Financiamento Estudantil (FiesSeleção), que desde segunda-feira (18) recebe inscrições para cerca de 35 mil vagas remanescentes do processo seletivo de meio de ano.
Os candidatos relatam que a página de inscrição não carrega ou que uma mensagem de erro é exibida. Contatado pela redação do GUIA, o Ministério da Educação (MEC) informou que está verificando a situação.
Inscrições
As inscrições deve ser feita através do FiesSeleção. Nos dois dias úteis subsequentes, os estudantes têm de finalizar a candidatura por meio do Sistema Informatizado do Fies (Sisfies). Os prazos de encerramento da inscrição variam conforme a modalidade em que o estudante se encaixa.
As vagas remanescentes podem ser disputadas também pelos estudantes que tentaram o processo seletivo antes e não conseguiram. Poderão concorrer os candidatos que tenham participado de alguma edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) desde 2010, obtido nota mínima de 450 pontos nas provas e não tenham zerado a redação. Além disso, é necessário comprovar renda familiar mensal bruta per capita de até três salários mínimos.
Novas regras do Fies
A partir de 2018, o Fies passará a oferecer três modalidades de financiamento, sob novas regras:
1) 100 mil vagas para alunos com renda familiar per capita de até três salários mínimos. O estudante começa a pagar parcelas de até 10% da renda mensal, sem juros.
2) 150 mil vagas para alunos com renda familiar per capita de até cinco salários mínimos, nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com taxa de juros de 3% – recursos serão os fundos constitucionais regionais.
3) 60 mil vagas para alunos com renda familiar per capita de até cinco salários mínimos – recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O ministro da Educação, Mendonça Filho, afirmou que as universidades serão responsáveis por bancar os custos com as taxas bancárias para os empréstimos. Com isso, a economia para a União será de R$ 300 milhões, segundo o governo. Um fundo garantidor será criado para que as instituições de ensino contribuam para mitigar os riscos das operações.
“Agora as instituições de ensino superior privadas serão sócias também da inadimplência, elas terão que zelar por cada real emprestado, e se por acaso a inadimplência aumentar, elas terão que aportar mais recursos no fundo garantidor”, disse o ministro durante o anúncio do Novo Fies, no Palácio do Planalto.
Além disso, os estudantes começarão a pagar o empréstimo assim que tiverem renda formal, após deixar a faculdade. O dinheiro será descontado diretamente do salário do empregado, por meio do eSocial, sistema já utilizado atualmente pelas empresas para pagar contribuições e prestar informações ao governo.