Estratégia pega-varetas: professor dá dica certeira para o Enem
A melhor estratégia é entender o modo com que o sistema de pontuação da prova funciona
Toda hora ouvimos falar de novas dicas para quem quer ir bem no Enem. Vale a pena aproveitar um pouco de tudo, mas algumas estratégias são mais bem embasadas do que outras. É o caso da “pega-varetas”, que foi ensinada aos visitantes da Feira Guia do Estudante pelo professor Rodrigo Machado, do Anglo, neste domingo (28).
“Para ter sucesso no Enem, precisamos de três coisas: conteúdo, equilíbrio psicológico, preparo físico e uma boa estratégia de prova”, explicou. Segundo ele, o melhor jeito é entender o modo com que o sistema de pontuação da prova funciona. A teoria de resposta ao item, ou TRI, considera que um estudante que acerte mais questões fáceis do que difíceis faz mais sentido do que o contrário – afinal, se você acerta as difíceis, não há por que errar as fáceis!
Isso é o que se chama de coerência pedagógica, o que assume que o padrão de prova de um estudante comum seria: vários acertos em questões fáceis, alguns acertos em questões médias e poucos acertos em questões difíceis. Aos candidatos que seguem esse comportamento, o cálculo da TRI assume que não chutou, portanto, nota mais alta para ele! A estratégia pega-varetas respeita essa coerência e propõe um modo de fazer prova igualzinho ao velho jogo que dá o nome a ela.
“Imagine que você tem várias varetas espalhadas. Para pegar o maior número possível delas, você sempre vai nas que estão mais fáceis, certo?” Do mesmo jeito é com as questões. As fáceis são as que você responde de imediato, às vezes com uma continha simples. As médias são as que você sabe o conteúdo, mas vai precisar pensar um pouco mais. As difíceis são as que você não sabe a matéria, ou sabe pouco, ou possui cálculos mais complexos. Com essa analogia, o professor explica o método. Veja o passo a passo:
1) Comece a prova lendo questão por questão. As que você considerar fáceis, já responda imediatamente.
2) Nas médias, marque um “M”; nas difíceis, marque um “D”, mas não as responda enquanto faz a leitura inicial da prova. Responda somente as fáceis.
3) Terminando a leitura das questões, respondendo as fáceis e marcando as difíceis e as médias, o professor estima que o tempo de prova terá passado em 1h15. Assim, você já terá “matado” as fáceis e terá bastante tempo para se dedicar às outras.
4) Parta somente para as que você marcou como médias. Terminadas as médias, vá para as difíceis, que você poderá responder na última hora de prova.
Os benefícios desse método são que a sua prova respeitará a coerência exigida no exame: você terá mais acertos de questões fáceis e médias, o que fará sua nota subir. Da mesma forma, evite ao máximo responder às questões na ordem. Se você acabar tendo que chutar nas últimas 15 ou 20, corre o risco de fazer isso em questões fáceis que você saberia responder se tivesse tempo.
O professor Rodrigo também recomenda que, se realmente for preciso recorrer ao chute, que o faça com inteligência. “Dê uma lida nas alternativas, especialmente se a questão for muito difícil e você não tiver ideia de como respondê-la. Às vezes tem alguma resposta muito absurda que você já pode descartar, o que aumenta a chance de o chute ser certeiro”, explicou.