Por Cláudia Fusco
Você já ouviu falar do Webometrics Ranking Web of World Universities? Pois saiba que esse índice colocou a Universidade de São Paulo em 38º lugar na mais recente edição de seu ranking das melhores universidades do mundo.
A boa classificação coloca a USP em 1º lugar entre as universidades da América Latina, à frente de instituições mais antigas, tradicionais e renomadas, como a britânica Oxford e a americana Princeton. Oxford, com mais de mil anos de história, amargou a 42ª posição, enquanto Princeton, onde estudaram os ex-presidentes americanos Woodrow Wilson e John Kennedy, ficou em 39º.
O Webometrics é uma pesquisa realizada desde 2004 pelo Ministério da Educação da Espanha. Além da USP, outras brasileiras figuraram na lista. A Unicamp ficou em 115º lugar, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em 134º, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) ficou em 152º e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) conquistou o 196º lugar.
Os critérios de avaliação do ranking consideram a relevância de cada universidade na internet, ou seja, publicações e pesquisas disponíveis online. Segundo o site do Webometrics, a presença de uma universidade na web é um indicativo de sua excelência e de seu comprometimento com a disseminação de saber.
Para o professor Eduardo Cabucci, do cursinho Anglo, a boa colocação na lista não é uma surpresa: "a USP é a principal universidade do Brasil, responsável por 25% da produção acadêmica do país", diz. Segundo o professor, o fato de a universidade ter ultrapassado academias tradicionais como Oxford e Princeton é apenas uma consequência do tamanho do país. "Os Estados Unidos têm muitas universidades de ponta, mas pulverizadas. Aqui, as boas universidades estão localizadas", explica.
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O fato de o ranking avaliar somente a relevância na internet o torna tão flexível e volúvel quanto a rede em si – a USP subiu 49 posições desde a última avaliação, há apenas um ano e meio. A avaliação não quer dizer que a universidade paulista seja melhor como um todo se comparada às tradicionalíssimas que deixou para trás, mas que utiliza a internet como ferramenta de divulgação de conhecimento melhor do que elas.
Cabucci acredita que é preciso ir com calma antes de comemorar. "São diversos rankings com critérios diferentes, ou seja, é normal que o resultado na lista flutue a cada ano. Ainda assim, é um sinal positivo estar entre universidades de ponta. Olhando para outros países com a mesma situação econômica, como a Rússia, a Índia e a China, o resultado que temos é muito bom", arremata.
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