A programação lunar hoje está agitada: primeiro teve o fenômeno conhecido como “superlua” e depois o bônus da “Lua de Sangue”, um eclipse que deixa o satélite com a cor avermelhada.
A “superlua” foi observada na manhã desta quarta-feira (26). O espetáculo segue à noite. É a primeira vez em seis anos que ambos os fenômenos ocorrem simultaneamente.
Mas como isso acontece?
++ SUPERINTERESSANTE: Como ver o eclipse lunar e a “Superlua” hoje
Superlua
Você lembra de, alguma vez, olhar para o céu e ver uma lua gigante, como aquelas de filmes?
Esse fenômeno acontece quando a lua chega no ponto mais próximo da Terra no curso de sua órbita elíptica, chamado de perigeu. Quando isso ocorre na fase cheia da Lua, o satélite aparenta estar cerca de 15% maior do que o normal e, quando visível, com quase 30% mais luminosidade.
A “superlua” não é um evento com datas regulares. Em 2019, ela ocorreu em 21 de janeiro, 19 de fevereiro e 20 de março, ou seja, com cerca de um mês de intervalo. No entanto, pode-se levar muito mais tempo, passando mais de seis meses sem uma ocorrência. Isso acontece porque nem sempre as fases da lua estão alinhadas com o tempo necessário para que ela atinja o perigeu.
A próxima vez que uma superlua irá coincidir com a fase da lua cheia está prevista apenas para novembro de 2034.
Eclipse lunar total
O outro evento que coincidiu com a “superlua” em maio de 2020 foi o eclipse lunar. Na fase cheia, o fenômeno é chamado de Lua de Sangue. O apelido surge por conta da coloração avermelhada que o astro ganha devido à penumbra da luz solar.
Todo ano, ocorrem de dois a sete eclipses visíveis da Terra, entre os solares e o lunares.
O eclipse solar se dá quando a Lua entra no caminho entre o Sol e a Terra. A sombra do satélite natural na Terra impede que a luz do Sol chegue por completo em partes do globo. Assim, podem ocorrer minutos de “noite” no meio do dia (o que pode render lindas fotos, como esta abaixo).
Já o eclipse lunar total, que causa a chamada Lua de Sangue, ocorre quando a Terra “entra no caminho” da luz solar, impedindo que ela chegue por completo à Lua. Como a luminosidade da Lua é um resultado do reflexo da luz do Sol, quando o eclipse acontece, pode ser difícil de vê-la no céu noturno.
No entanto, a atmosfera terrestre é capaz de desviar o curso da luz solar. Isso dá à Lua um tom avermelhado, de luminosidade mais fraca que o normal.
Por ser um evento de curta duração, ele pode ocorrer sem que seja visível de partes do planeta. Por vezes, pode ser visto parcialmente no nascer ou pôr do sol, dependendo da região do planeta do qual se observa o fenômeno. O eclipse desta quarta-feira, por exemplo, foi melhor visto pelos australianos e neozelandeses do que pelos brasileiros, que puderam observar seu ápice perto das 8h20 da manhã.
Você conseguiu observar o fenômeno? Manda uma foto pra gente no @guiadoestudante!