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Em meio à pandemia, confira mudanças e desafios para quem deseja estudar fora

Por Redação do Guia do Estudante
1 jan 2021, 07h02
Intercâmbio
 (Pixabay/Reprodução)
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Este texto foi originalmente publicado no portal Na Prática, parceiro do Guia do Estudante.

Não é à toa que estudar fora seja o sonho de muitos brasileiros! Além de permitir o desenvolvimento de habilidades de comunicação, liderança, inteligência emocional e autoconhecimento, um período de estudos no exterior é uma maneira de acessar algumas das melhores universidades do mundo.

Trata-se de uma experiência transformadora, do ponto de vista pessoal, mas também de algo com profundo impacto positivo na vida acadêmica e profissional de quem aproveita a chance.

Apesar disso, 2020 apresentou alguns obstáculos particulares a esse sonho. A pandemia da COVID-19 fez com que muitos países fechassem suas fronteiras de maneira indefinida. Também motivou muitas universidades a fechar seus campi e transferir suas aulas para modalidades virtuais. Como se não bastasse, a desvalorização do real frente a outras moedas fez com que estudar fora ficasse mais caro.

Diante desse cenário, pode parecer pouco viável pensar em fazer um curso em outro país atualmente. No entanto, esses mesmos desafios podem representar oportunidades para quem estiver disposto a aproveitar o momento atual para montar sua candidatura.

Por isso, vamos falar a seguir sobre alguns dos principais obstáculos para quem quer estudar fora atualmente — e como é possível superá-los. Confira!

1) Vai ter menos vagas para alunos internacionais?

A pandemia da COVID-19 não fez com que as universidades estrangeiras deixassem de buscar estudantes internacionais. Embora estivessem conscientes das dificuldades que teriam para levá-los a seus campi, elas continuaram normalmente com seus processos de admissão, e muitos brasileiros foram aprovados para estudar nelas em 2020.

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É provável que isso continue ao longo de 2021 por dois motivos: primeiro, porque estudantes estrangeiros são uma importante fonte de receita para as instituições de ensino superior. As anuidades pagas por eles somam uma parte importante do valor que elas ganham ao longo de cada ano, e ficar sem essa fonte seria um problema financeiro sério para elas.

Mas além do dinheiro, há outra motivação. O número de estudantes internacionais que uma universidade tem é um dos fatores que rankings internacionais levam em consideração na hora de definir quais são as melhores universidades do mundo. Quanto maior a parcela de estudantes de outros países naquela escola, melhor a avaliação dela.

Dessa forma, não há motivo para acreditar que menos estudantes de outros países serão aceitos para estudar em universidades estrangeiras em 2021.

2) Será que as aulas vão ser presenciais?

Ainda não dá para saber se as aulas do segundo semestre de 2021 serão presenciais. Tudo indica que sim, mas sabemos que é muito arriscado fazer previsões no cenário atual. Além disso, o mais provável é que não haja um direcionamento central do governo e as universidades tenham autonomia para fazer as aulas como preferirem.

Em 2020, a situação variou bastante para brasileiros que estavam no exterior quando a pandemia começou. Muitos voltaram para o Brasil, pois moravam nos campi das universidades que iriam fechar; outros puderam (e preferiram) permanecer por lá, com apoio da universidade e do sistema de saúde local.

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Para quem começaria os estudos no segundo semestre de 2020, o mais comum foi que os estudantes continuassem no Brasil tendo aulas virtuais com sua turma. Diante da impossibilidade de acessar o campus e das dificuldades para obter vistos, a maior parte das instituições optaram por essa modalidade de ensino. Nesse caso, o objetivo era ter todos os alunos nas salas de aula assim que possível.

Para alunos que preferissem não seguir estudando nesse modelo, algumas instituições de ensino propuseram que eles adiassem suas matrículas. Em vez de começa a estudar em 2020, começariam em 2021. Se as aulas presenciais continuarem inviáveis no segundo semestre do ano que vem, é provável que elas ofereçam novamente essa possibilidade.

3) O ACT e o SAT foram cancelados! E agora?

Devido à pandemia da COVID-19, as organizações responsáveis por exames padronizados como o SAT e o ACT cancelaram as provas presenciais em diversos locais. Como elas eram realizadas presencialmente em salas com muitos alunos, tornou-se arriscado continuar ministrando os exames com os riscos de saúde que esse tipo de aglomeração representa.

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Mas as universidades estão cientes de que estudantes estrangeiros estão com dificuldade de realizar esses exames. Diante dessas situação, muitas delas estão flexibilizando suas exigências com relação a exames padronizados durante o período da pandemia.

Esse movimento já é uma tendência de alguns anos. Já há diversas instituições dos EUA que não exigem esses exames justamente por saber que, para alunos de outros países, realizá-los costuma ser caro e complicado. O próprio MIT reviu recentemente sua política de exames nas admissões por esse mesmo motivo.

A mesma situação vale para os exames de proficiência em inglês. Muitas provas do IELTS, TOEFL e dos exames de Cambridge foram canceladas, e apenas o TOEFL desenvolveu uma versão que poderia ser feita em casa. Diante dessa situação, diversas universidades passaram a aceitar também o Duolingo English Test como comprovação de proficiência.

O essencial, portanto, é ter em mente que as universidades estão atentas a como a pandemia está afetando os candidatos, e estão oferecendo alternativas para quem não consegue realizar os exames.

4) Como tirar o visto com os consulados fechados?

A mudança das aulas das universidades para a modalidade presencial nos Estados Unidos gerou preocupações além do rendimento acadêmico: estudantes internacionais acabaram se vendo em meio a uma disputa política, já que a administração de Donald Trump queria revogar o direito de visto de estudantes matriculados em cursos totalmente online.

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Para 2021, no entanto, é pouco provável que essa situação se repita. As universidades estadunidenses pressionaram com sucesso o governo, que acabou cedendo e mantendo o direito de visto dos alunos estrangeiros. Mesmo que as aulas não voltem à modalidade presencial até o segundo semestre de 2021 (o que parece pouco provável atualmente), parece seguro imaginar que estudantes de outros países não precisarão se preocupar com seus vistos.

E embora muitos países tenham interrompido suas atividades consulares no Brasil — incluindo a emissão de vistos — ainda é possível obter o documento. Isso pode ser feito acionando o consulado por meio de outros canais de atendimento e oferecendo documentos como, por exemplo, sua carta de aceitação para estudar numa universidade estrangeira.

As universidades também estão cientes dessas dificuldades, e têm se mostrado bastante solícitas com alunos de outros países que estejam enfrentando dificuldades para tirar visto. Nesse caso, elas podem providenciar cartas e outros documentos que sejam necessários para o processo.

Isso tudo, porém, é considerando que os consulados permanecerão fechados ao longo do próximo semestre — o que também parece pouco provável por enquanto. Com a redução no número de casos de COVID-19 e a eventual disponibilização de uma vacina, o atendimento consular deve voltar a funcionar normalmente

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5) Como estudar fora com o dólar tão alto?

Naturalmente, a desvalorização do real frente ao dólar e ao euro faz com que fique mais caro, para brasileiros, estudar e viver nos Estados Unidos ou Europa. Por outro lado, isso não faz com que a experiência se torne inviável, mesmo para estudantes com renda familiar menor.

Há diversas bolsas de estudo disponíveis para cursos nos EUA e Europa, incluindo em algumas das melhores universidades do mundo. Muitas delas cobrem integralmente as anuidades de alunos estrangeiros, e algumas até oferecem um valor mensal para que eles se mantenham no país.

Conquistar essas bolsas é algo que depende das suas notas, motivações e cartas de recomendação, e não propriamente de dinheiro. Por isso, sempre há chances para caprichar na candidatura e pleitear esses benefícios.

E mesmo para quem não conquista uma bolsa de estudos, o fato do dólar estar alto é compensado (ao menos um pouco) pelo fato de que o valor da moeda está relativamente estável. Isso faz com que ao menos seja mais fácil se programar, já que é possível saber com mais precisão quanto você vai gastar em reais.

O Prep Estudar Fora também é atento às necessidades financeiras dos candidatos, e também apoia-os a conquistar bolsas de estudo para suas universidades. E a Fundação Estudar promove anualmente o Programa de Líderes Estudar, que também auxilia brasileiros de alto potencial a custear seus estudos no exterior.

6) O meu nível de inglês não está no patamar que as escolas exigem. Ainda é possível?

Sim! Naturalmente, para estudar em um país que fala inglês, você precisa saber o idioma. E mesmo países que têm outras línguas oficiais, é comum que escolas e universidades ministrem aulas em inglês. Por isso, elas exigem que os estudantes tenham um conhecimento do idioma para garantir que conseguirão acompanhar as aulas.

Mas fique tranquilo. Se o seu inglês ainda não está 100%, agora é o momento certo para começar a estudar. Muitas candidaturas para estudar fora em 2021 vão até o fim do primeiro trimestre, e muitas também permitem que você envie a comprovação de proficiência no idioma numa data posterior.

E nós podemos te ajudar com isso também! Se você está procurando maneiras de estudar inglês de graça, temos 10 sugestões neste post. Também temos guias dedicados à preparação para o TOEFL e o IELTS, e até mesmo um curso preparatório gratuito para o TOEFL (que você pode ver abaixo):

Mas se você pensa em estudar em algum outro país, como a França ou países que falam espanhol, é possível que você precise de um certificado de proficiência em outro idioma. Confira aqui quais são os certificados mais solicitados para cada língua!

7) Será que eu vou conseguir me virar lá fora?

Além dos demais requisitos (que não são poucos), estudar fora também exige que você consiga se virar em um país diferente, normalmente sem a companhia das pessoas que geralmente te dão apoio. Esse é, de fato, um grande desafio! Mas superar essa questão é justamente um dos motivos para estudar fora.

Felizmente, fazer isso depende de habilidades socioemocionais que você consegue desenvolver. Sã questões como autoconhecimento e inteligência emocional, que poderão te ajudar em várias situações na vida — não apenas durante o intercâmbio.

Você precisa de um pouco delas para conseguir dar esse passo, mas uma vez que você consegue, a experiência de estudar fora ajuda a desenvolver essas habilidades ainda mais.E por mais desafiador que isso possa parecer, a experiência sempre vale a pena.

8) Eu não entendo muito sobre o processo! Por onde começar a pesquisar?

Se o seu principal impedimento para estudar fora é não saber por onde começar a procurar, você está no lugar certo! A gente sabe que o processo para fazer um curso no exterior é longo e envolve várias etapas, e justamente por isso a gente tem textos e vídeos para te ajudar em cada uma delas — além de falar do processo como um todo.

Essencialmente, o primeiro passo é decidir o que você pretende fazer! Estabelecer os seus objetivos, decidir onde você quer estudar, entender quais cursos atendem a esses propósitos e então começar a se preparar!

Essa preparação em geral envolve estudo para provas padronizadas, certificados de proficiência em idioma estrangeiro, carta de motivação e cartas de recomendação. E você pode contar conosco para te ajudar em cada uma dessas etapas.

Com relação à decisão dos cursos e dos destinos, temos também vários textos e vídeos sobre lugares específicos: Reino Unido, Canadá, AustráliaNova Zelândia e muitos outros. E também materiais sobre algumas das melhores universidades do mundo, como Harvard, Oxford e MIT, para te inspirar.

Prepare-se para o Enem sem sair de casa. Assine o Curso Enem do GUIA DO ESTUDANTE e tenha acesso a centenas de videoaulas com professores do Poliedro, que é recordista em aprovações na Medicina da USP Pinheiros.

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