Em 6 e 9 de agosto de 1945 os EUA atacaram o Japão com duas bombas atômicas, colocando o ponto final na Segunda Guerra Mundial.
Naquele ano, a guerra já estava quase terminada. Do Eixo (os países que lutavam contra EUA, Inglaterra e França), Alemanha e Itália já estavam derrotadas. Contudo, o Japão continuava resistindo em vários territórios do Pacífico.
Querendo pôr fim ao conflito – e também numa demonstração de força bélica que mandava um recado para a União Soviética e o restante do mundo -, os EUA lançaram a primeira bomba atômica na cidade de Hiroshima, no dia 6, matando instantaneamente 100 mil pessoas. Três dias depois foi a vez de Nagasaki: mais 70 mil mortos. Era o fim da guerra e o começo da era atômica.
Dá para estudar esse importante momento da história que sempre cai nos vestibulares com quadrinhos, filme e até mesmo música! Confira:
Livro
Não precisa ser um livro de história grosso cheio de datas para se estudar a história das bombas. Com “Hiroshima”, livro-reportagem do jornalista americano John Hersey, dá para entender o fato sob o ponto de vista de seis sobreviventes.
Hersey viajou ao Japão após a guerra para recontar a história e publicou a reportagem original na revista New Yorker, em 1946. O relato teve grande impacto na sociedade americana, pois muitos ainda não tinham noção do horror que tinha sido aquele agosto de 1945.
Quadrinhos
O quadrinho mais famoso que fala da Segunda Guerra Mundial e das bombas atômicas é “Gen, Pés Descalços”. Gen, aliás, é um mangá, um quadrinho japonês do artista Keiji Nakazawa lançado em 1970.
Gen é um garoto de seis anos que mora em Hiroshima quando a bomba cai. Ele perde quase toda a família e tem que viver em um Japão de pobreza e destruição ao lado de sua mãe e da irmã recém-nascida. O livro tem traços autobiográficos, pois Nakazawa também perdeu a família no ataque atômico. No Brasil o mangá siu pela editora Conrad.
Filme
“A Última Bomba Atômica”, documentário de 2006 produzido nos EUA, mais do que mostrar o que aconteceu em 1945, relata a história dos chamados “hibakusha”, que significa “sobreviventes da bomba”. Por serem os únicos nos dias de hoje que viveram aquele momento histórico, o filme questiona: quem contará a história quando estes últimos “personagens” se forem?
O filme, assim, mostra a luta dos hibakusha e de jovens estudantes para conscientizar a todos de que bombas atômicas são desnecessárias. O filme, ao reconstruir os fatos e decisões que levaram ao lançamento das bombas, também questiona ao final: foi necessário?
Música
Vinícius de Moraes escreveu o poema “Rosa de Hiroshima”, que logo foi musicado por Gerson Conrad. A banda Secos & Molhados interpreta a canção em seu disco de estreia, de 1973.
A música, um hino anti-guerra, foi lançado em plena Ditadura Militar no Brasil e fala da explosão da primeira bomba, comparando o formato da explosão a uma rosa. Mas, como diz a música, “Sem cor sem perfume / Sem rosa sem nada”. Veja a letra completa e o vídeo:
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica