Assine Guia do Estudante ENEM por 15,90/mês
Continua após publicidade

Prisioneiros americanos da Segunda Guerra foram cobaias vivas de experimentos no Japão

Por Redação do Guia do Estudante
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h27 - Publicado em 7 abr 2015, 21h44

Todo mundo que já estudou algo sobre a Segunda Guerra Mundial deve saber que os judeus foram vítimas de experimentos terríveis. Os médicos nazistas usavam os prisioneiros como cobaias humanas para verificar todo tipo de hipótese, usando até mesmo crianças. Mas o que algumas investigações mostram é que esse tipo de prática não era exclusiva dos alemães. A escola de Medicina da Universidade de Kyushu, no Japão, está exibindo uma exposição que mostra os experimentos de vivissecção cometidos em soldados americanos prisioneiros do exército japonês.

Prisioneiros americanos da Segunda Guerra foram cobaias vivas de experimentos no Japão

Exército japonês durante batalhas do oceano Pacífico. (Foto: Getty Images)

Explico: vivissecção é dissecar um corpo ainda vivo, ou seja, cortar o corpo para observar a anatomia, com o propósito de estudá-lo. Na universidade de Kyushu, os estudos foram realizados em oito soldados americanos mantidos como prisioneiros de guerra, que tiveram partes do cérebro e do fígado removidos para testes.

Continua após a publicidade

Os soldados foram capturados em maio de 1945, após seu bombardeiro, de modelo B-29 (o mesmo modelo de avião que transportou a bomba de Hiroshima), ter sido derrubado. De acordo com os registros, o capitão da operação, Marvin Watkins, foi levado para Tóquio para ser interrogado, e os oito tripulantes levados para a Faculdade de Medicina da universidade, que à época era chamada Universidade Imperial de Kyoto.

American POW's
Soldados americanos feitos prisioneiros de guerra por japoneses, em 1944. (Foto: Getty Images)

Busca de Cursos

Continua após a publicidade

O caso foi levado a um tribunal de guerra em 1948, em que testemunhos contra 30 médicos e membros da equipe alegaram que os prisioneiros haviam sido submetidos a injeções de água do mar nas veias, para verificar se poderia substituir o soro fisiológico, além das partes de órgãos removidas. A remoção de parte do fígado pretendia ver se os homens testados sobreviveriam; já a remoção de parte do cérebro afetado foi feita para checar uma possível cura para a epilepsia. Como imaginado, nenhum dos prisioneiros sobreviveu.

A exposição da Universidade de Kyushu não trata apenas dos experimentos: conta, no geral, os mais de 100 anos da instituição. A opção por exibir, também, os documentos sobre os terríveis estudos conduzidos nos porões demonstra uma quebra de tabu ao colocar em discussão aberta o que aconteceu – e, principalmente, mostra que os crimes cometidos na Segunda Guerra não são exclusividade dos nazistas.

*Com informações do The Japan Times e do The Telegraph.

Publicidade
Prisioneiros americanos da Segunda Guerra foram cobaias vivas de experimentos no Japão
Estudo
Prisioneiros americanos da Segunda Guerra foram cobaias vivas de experimentos no Japão
Todo mundo que já estudou algo sobre a Segunda Guerra Mundial deve saber que os judeus foram vítimas de experimentos terríveis. Os médicos nazistas usavam os prisioneiros como cobaias humanas para verificar todo tipo de hipótese, usando até mesmo crianças. Mas o que algumas investigações mostram é que esse tipo de prática não era exclusiva dos […]

Essa é uma matéria exclusiva para assinantes. Se você já é assinante faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

MELHOR
OFERTA

Plano Anual
Plano Anual

Acesso ilimitado a todo conteúdo exclusivo do site

a partir de R$ 15,90/mês

Plano Mensal
Plano Mensal

R$ 19,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.