As disciplinas são criadas a partir das ideias e descobertas de vários estudiosos. Temos diversos exemplos no passado de teorias, algumas vezes até divergentes, que acabaram se juntando, formando matérias que estudamos atualmente. Apesar da contribuição e da existência de diversos nomes importantes em cada área do conhecimento, algumas figuras ficaram conhecidas por terem dado o pontapé inicial do pensamento de determinado campo, é o caso de Tales de Mileto, o pai da Filosofia.
Ele e outros “pais do conhecimento” merecem o reconhecimento. Além disso, estudar a história e pensamentos desses grandes nomes é importante para o vestibular e uma ótima maneira de aumentar seus conhecimentos sobre a área na qual você se interessa. Confira algumas dessas figuras e indicações de leitura de autoria delas ou sobre elas.
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Aristóteles, pai da Ciência Política
É considerado o pai da Ciência Política por ter colocado a política como a ciência mais importante do seu tempo. Aristóteles defendia que a política deveria estudar a pólis e as suas estruturas e instituições. Ele defendia que o governo precisava garantir o bem-estar de todos.
Sobre o livro: A obra ajuda compreender a formação, a estrutura e o desenvolvimento da vida em comunidade. Para Aristóteles, o principal motivo desta associação humana é o bem comum, capaz de proporcionar felicidade aos seus cidadãos e prosperidade à cidade.
Claude Lévi-Strauss, pai da Antropologia moderna
Para Lévi-Strauss, a antropologia devia buscar, por trás da diversidade da espécie humana, o que ela tem de universal. E com o cuidado para não se basear em preconceitos ocidentais. Ele observou, então, como esses aspectos em comum, como a capacidade de comunicação, se manifestam em diferentes comunidades. Sua conclusão foi que as sociedades se organizam de maneiras distintas, mas obedecem a um mesmo código ou sistema universal.
Como explica reportagem da SUPERINTERESSANTE, essa concepção foi revolucionária, já que rompia para sempre com a tradicional dicotomia entre natureza e cultura: “O estruturalismo refutou a oposição entre esses termos ao mostrar como a cultura é uma produção – e não uma negação – da natureza”, diz a matéria.
Sobre o livro: A obra foca em uma característica universal do espírito humano: o pensamento selvagem que se desenvolve no Homem, seja no antigo ou no contemporâneo.
Tales de Mileto, pai da Filosofia
Segundo uma tradição, que remonta aos próprios gregos antigos, o primeiro filósofo da história teria sido Tales de Mileto. Criado em uma época na qual a religião era a justificativa para tudo, ele ficava indignado por “todas as coisas estarem cheias de deuses”. Então, tentou explicar que a água era a origem única (physis) de todas as coisas: “o Universo é feito de água” ficou como uma de suas frases mais conhecidas. Ele observou que, sem água, tudo morria, concluindo que, então, ela era a fonte da vida.
Assim, foi o primeiro a usar o raciocínio puro para explicar as questões do homem e da natureza. Ele rompeu com o pensamento mitológico para pensar na filosofia.
Sobre o livro: Os filósofos pré-socráticos foram os primeiros sábios gregos a formular uma explicação racional para o mundo sem recorrer ao sobrenatural. A obra dá acesso ao pensamento e à vida dessas figuras importantes: além de Tales (O homem da água), fala sobre Pitágoras (superstar), Heráclito (O Obscuro), Parmênides, Zeno, Anaxágoras (A Mente), Demócrito e outros.
Antoine Lavoisier, pai da Química
Lavoisier foi o primeiro a observar que quando o oxigênio entra em contato com uma substância inflamável acontece a combustão. É o autor da lei da conservação da massa, resumida na frase: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Junto com outros estudiosos, ele também buscou encontrar uma linguagem própria para a química.
Sobre o livro: A obra além de tratar das nomenclaturas capazes de contribuir para a compreensão dessa ciência, explica como percorre seus fundamentos a partir de sua linguagem química. Dividida em três partes, apresenta desde o raciocínio que deve ser desenvolvido para evitar equívocos e um resumo conciso de resultados extraídos de diferentes obras, até uma descrição detalhada de todas as operações relativas à Química Moderna.
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Auguste Comte, pai da Sociologia
Influenciado pela Revolução Francesa e a crescente Revolução Industrial, Auguste Comte foi o primeiro a medir esforços para delimitar o campo de estudo da Sociologia. Para ele, o conhecimento verdadeiro só pode ser obtido por meio da experimentação e pelo aferimento científico, base para a sua linha de pensamento dominante, o positivismo.
Sobre o livro: “Uma leitura que contextualize o autor e não se deixe assustar por certos elementos datados em seu pensamento permite compreender a atualidade de Comte, apreciar dimensões de seu positivismo ainda hoje eclipsadas pelo gigantismo de seu próprio vulto, e sua influência inegável sobre o desenvolvimento da sociologia, da qual ocupa o “salão nobre” como fundador”, segundo a Revista Cult.
Bônus: confira uma aula do Curso Enem Guia do Estudante sobre Auguste Comte, o Positivismo e o Nascimento da Sociologia
Galileu Galilei, pai da Ciência Moderna
O título de “pai da Ciência Moderna” se explica pelas importantes contribuições de Galileu, desde a criação do método científico até o desenvolvimento de instrumentação, além de outras grandes descobertas e a popularização do conhecimento.
Sobre o livro: O escritor norueguês Atle Naess conta a história desde a infância de Galileu até o julgamento pela Inquisição já no fim da vida, passando por todo o caminho que levou às descobertas revolucionárias na física, na astronomia e na matemática.
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